Com duas mortes, procura por vacina pode aumentar

Secretaria de Saúde alerta sobre baixa quantidade de pessoas vacinadas. Seis casos da doença já foram confirmados em Goiânia, com duas mortes

Postado em: 17-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Secretaria de Saúde alerta sobre baixa quantidade de pessoas vacinadas. Seis casos da doença já foram confirmados em Goiânia, com duas mortes

Higor Santana*

Após a confirmação da morte de duas pessoas pelo vírus H1N1 em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SES-GO) emitiu um alerta para a urgência na necessidade de vacinação contra a Influenza. Nos dois casos, as vítimas não tinham se vacinado contra a gripe e faziam parte dos grupos de risco. Ainda segundo a pasta, a taxa de vacinação ainda é considerada baixa na campanha de 2019. Além das mortes, a secretaria divulgou a confirmação de seis casos de gripe em Goiânia, cinco de H1N1 e um de Influenza B.

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A pouco mais de uma semana para o encerramento da campanha nacional de vacinação contra a Influenza, iniciada em 10 de abril, a SES-GO contabiliza quase 1,2 milhão de pessoas imunizadas da população prioritária. Hoje, encerra-se o período de vacinação do grupo prioritário formado por professores, policiais, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas.

Até a manhã de ontem foram aplicadas 1.197.379 doses, nas 907 salas espalhadas por todos os municípios goianos. Esse número representa 64,27% de um total de 1,8 milhão de pessoas. Pelo balanço provisório, Goiás permanece entre os estados mais bem colocados no ranking nacional de vacinação, na sétima posição. Os resultados são satisfatórios, comparados ao cenário nacional, avalia Clarice Carvalho, gerente de Imunização e Rede de Frio da SES-GO. “Contudo, não corresponde ao esperado de 90%, uma vez que até o momento atingimos uma cobertura de 64% em 36 dias decorridos da campanha”, observa.

Entretanto, de acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiãnia, Flúvia Amorim, o número de pessoas vacinadas nos grupos de risco é baixo. “Estamos com 65% do público-alvo vacinado. Entre os idosos, estamos próximo da meta de 90%. Mas entre gestantes e crianças, por exemplo, o número é baixo. A vacina vem para evitar a morte. Ano passado tivemos filas para a vacinação. Esse ano, estamos tendo que noticiar as primeiras mortes, infelizmente”, explica.

Mortes

A primeira morte confirmada pelo vírus aconteceu no dia 24 de abril, e foi a de um homem de 53 anos e obeso. Já a outra vítima foi uma idosa de 81 anos. Ela morreu no dia 1º de maio. O exame que comprovou a doença foi feito no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen). De acordo com a superintendente Flúvia, o inverno é período mais crítico para a circulação do vírus, pois o tempo fica seco e propício para que o vírus de alastre.

H1N1

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus influenza A H1N1 é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus da gripe aviária, do vírus da gripe suína e do vírus humano da gripe. A transmissão se dá através de uma pessoa para outra pelo contato, com secreções respiratórias, partículas de saliva, tosse ou espirro. E, de acordo com a OMS, também é possível a transmissão pelo contato com superfícies contaminadas.

Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum e se apresentam como febre repentina, dor de garganta, associado a dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios como tosse e piora da asma para asmáticos, também são comuns.

Algumas pessoas também podem apresentar diarreia e vômitos. É recomendado que os pacientes que apresentarem sintomas que envolvam secreções nasais, tosse ou espirro recebam máscara cirúrgica com o intuito de evitar a transmissão do vírus. Os adultos podem transmitir a doença no período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas. (Higor Santana é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian)

 

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