Aluguel de malas é opção para viajantes

Dois amigos oferecem o serviço em Goiânia que facilita a vida de quem precisa viajar

Postado em: 27-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Dois amigos oferecem o serviço em Goiânia que facilita a vida de quem precisa viajar

Isabela Martins*

Conforme as férias ou algum feriado prolongado se aproximam é comum que as pessoas comecem a planejar uma viagem procurando os melhores destinos e opções para economizar. O que muitos não sabem é que essa economia pode ocorrer até com a mala de viagem. Disponível há algum tempo no Brasil, o serviço de aluguel de bagagem é uma ótima opção para quem não quer gastar dinheiro comprando o objeto. Além de facilitar a vida de quem viaja, simplifica para quem não tem lugar para guarda a bagagem em casa.

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Em Goiânia dois amigos aderiram ao negócio. Muryllo Vilela Oliveira e Ranieri Senna queriam abrir uma startup. Pesquisando, viram uma nova oportunidade surgindo. “A gente olhou pesquisa de fora [do país] e viu uma referência de aluguel de malas de viagem e pensou ‘não é que faz sentido’. Um item que não é muito utilizado, às vezes a pessoa viaja uma vez no ano só, e aí compra uma mala que é um valor um pouco alto e fica guardada, estragando, ocupando espaço. Pensamos em sanar esse probleminha”, conta Muryllo. 

Desde 2017 os amigos oferecem o aluguel de malas de viagem, onde a pessoa aluga durante o tempo em que ela vai precisar. “Vai ser de acordo do que a pessoa precisar para a viagem e não vai ocupar espaço em casa. Então o cliente terá uma economia, porque vai poupar dinheiro, que às vezes poderá gastar na viagem”.

No início Muryllo e o amigo enfrentaram o medo de o novo negócio não dar certo, mas foi aos poucos que os rapazes foram expandindo a atividade.“A gente viu que não tinha nada parecido quando abriu, mas porque começamos pequeno. Começamos pequeno, não investimos muito em divulgação, optamos por rede social, fazer parcerias e pelo boca a boca mesmo. Então compramos poucas marcas no inicio e fomos expandindo aos poucos”.

Como funciona

A Aluga Malas não conta com loja física, quem deseja alugar deve entrar em contato pelo site, escolher o modelo que vai precisar e a quantidade de dias que vai querer ficar com a mala. Depois o cliente escolhe se vai querer que seja entregue em casa ou se ele mesmo vai querer retirar no local. A empresa conta com três locais de retirada, um no Setor Nova Suíça, Setor Perim e na Perimetral Norte. O único problema que os dois já tiveram foi com mala extraviada. “Como é coisa que aconteceu no trajeto a responsabilidade é da companhia aérea, o passageiro teve que ser indenizado pela companhia que também nós indenizou pela bagagem que foi perdida”.

Segundo Muryllo, uma mala pequena alugada por cinco dias custa R$ 55, já para quem opta por uma mala grande e deseja utilizá-la por 30 dias, o valor a desembolsar é de R$ 130. De acordo com ele, quem aluga mais são as mulheres. É o caso da engenheira civil Ana Carolina Marques, que conheceu a empresa enquanto buscava na internet pelo serviço. “Sempre que preciso desse tipo de serviço entro no site, escolho a mala mais apropriada para minha viagem, efetuo o pagamento por meio do cartão ou boleto e no dia agendado a mala é entregue em minha casa”.

A engenheira costuma alugar bagagens médias e de mão por 15 dias e encontra benefícios nesse tipo de serviço. “Ter a possibilidade de alugar vários tamanhos de malas, a segurança, qualidade e agilidade, pois entregam e buscam em minha casa, são benefícios que me conquistaram. Prefiro alugar por um preço menor a comprar e deixar a mala desgastando em casa”, afirma. 

Segundo Muryllo, pessoas que fazem viagens mais rápidas costumam procurar malas de bordo, principalmente com as novas regras estabelecidas sobre medida e peso das bagagens. “A gente tem uma mala de bordo hoje com uma medida permitida por lei. Tem muita gente que tem mala só que ela está fora do tamanho estabelecido, então procuram a gente”. O empresário deu a entrevista antes do Senado aprovar o retorno da gratuidade das bagagens nos aviões. (leia mais abaixo) 

Benefícios 

O veterinário João Euler conheceu o serviço de aluguel de malas há mais de um ano por meio de uma rede social, desde então quando precisa opta pelo serviço. “Sempre que preciso já vou direto ao site é super rápido e prático. Escolho o tamanho, cor e modelo da mala e, automaticamente, sai o boleto, ou pago via cartão de crédito”. 

Ele chega a ficar em média uma semana com a mala, e elogia a qualidade do serviço oferecido. “Nunca tive nenhum problema tanto com a empresa quanto com os produtos, pois são de excelente qualidade. E é muito barato. Eles buscam e entregam na residência, e você tem várias opções de mala por um preço excepcional. É um preço super acessível e você pode escolher qual bagagem vai suprir sua necessidade”, afirma.

Mudanças

Semana passada o Senado Federal aprovou um texto que prevê a gratuidade para bagagem de até 23 quilos em aviões com capacidade acima de 31 lugares em voos domésticos. Segundo o texto, em voos com conexão devem prevalecer a franquia de bagagem referente à aeronave de menor capacidade. Em voos internacionais esse franqueamento de bagagens deverá ser feito pelo sistema de peça ou peso, seguindo o critério adotado em cada companhia e na conformidade com a regulamentação específica. A proposta agora depende de sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo tem a prerrogativa de vetar trechos da proposta.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) criticou a mudança e disse que a versão final aprovada contraria o objetivo inicial de ampliar a competitividade no setor.

Em nota, a Latam Brasil também se posicionou contra a proibição de cobrança por bagagem. Segundo a empresa, ao impor o retorno da franquia de bagagem, o texto aprovado no Senado “traz de volta um ambiente regulatório restritivo e afeta a competitividade do setor aéreo, impondo novamente um desalinhamento da aviação brasileira em relação ao ambiente internacional e afastando os investimentos”.

A Azul, que não é mais associada à Abear, e a Gol, disseram que não irão se manifestar neste momento. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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