Polícia investiga morte de jovem violentada em UTI de hospital

A vítima teria sofrido abuso sexual por um técnico em enfermagem que trabalha no local. O suspeito teve a prisão preventiva decretada

Postado em: 29-05-2019 às 16h20
Por: Leandro de Castro Oliveira
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A vítima teria sofrido abuso sexual por um técnico em enfermagem que trabalha no local. O suspeito teve a prisão preventiva decretada

Foto: Divulgação

Da Redação

A Polícia Civil está investigando a morte da jovem de 21 anos que teria sido violentada no leito do Hospital Goiânia Leste (HGL), em Goiânia. A vítima estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde quinta-feira (16) após sofrer crises convulsivas na universidade em que estudava. Antes de vir a óbito, a estudante teria relatado a uma enfermeira que havia sofrido abuso sexual por um técnico em enfermagem que trabalhava no local.

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A jovem faleceu no último domingo (26), em razão de uma “pneumonia hospitalar”, segundo o HGL. De acordo com uma amiga da vítima, que preferiu não se identificar, os pais da estudante, que são policiais, não haviam sido comunicados da violência sexual pelos profissionais da UTI. O corpo estava sendo velado na manhã daquele dia, no Cemitério Jardim das Palmeiras, quando um amigo da família que também é policial, consultou o nome da jovem nos registros de segurança pública e encontrou um boletim de ocorrência do suposto abuso.

Na sequência, familiares interromperam o velório para que funcionários do Instituto Médico Legal buscassem o corpo para a realização de exames de constatação do suposto crime sexual.

Imagens

A Supreme Care, empresa terceirizada responsável pela UTI no HGL, apresentou, nesta quarta-feira (29) uma versão que contradiz a alegação da família a respeito do suposto abuso. Em nota, a Supreme diz que o caso havia sido comunicado aos pais da jovem logo após o registro da ocorrência, no dia 21/5. Ainda no mesmo dia, a empresa afirmou, também, ter demitido o técnico de enfermagem I.C.B, 41 anos, principal suspeito do crime.

Após o desligamento do profissional, a empresa afirmou ter analisado as imagens de segurança da UTI que podem ter registrado o abuso. Na gravação, é possível ver movimentos consistentes com toques nas partes íntimas da paciente. Ainda de acordo com a Supreme Care, cada um dos 20 leitos geridos pela UTI possui câmera individualizada que funciona e grava toda a movimentação 24 horas por dia. O ex-funcionário negou o fato.

O técnico em enfermagem, suspeito do abuso, se entregou à polícia no final da manhã desta quarta-feira (29) e, após decisão da Justiça, teve a prisão decretada no início da tarde de hoje. 

 

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