Dupla é presa suspeita de sacar R$ 150 mil usando dados bancários furtados

Da Redação

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), realizou, no início da tarde de ontem (5) a prisão de um casal que aplicaria um golpe em um banco cujo prejuízo superaria o montante de R$ 300 mil. 

As investigações foram iniciadas após policiais civis do Grupo de Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (GREF) ter sido informado pela área de segurança do banco, que uma mulher, acompanhada por um indivíduo, estaria em uma agência bancária situada na Avenida Goiás, no centro de Goiânia, fazendo uso de documentos falsos e se passando por uma cliente tentando efetuar o saque de R$ 150 mil.

O montante, ao que se sabe, seria oriundo de fraude realizada através de invasão do sistema bancário. A polícia, sabendo as características dos suspeitos, realizou alguns levantamento preliminares. Ao chegarem na agência os investigadores visualizaram o casal saindo do local e os abordaram. Na abordagem a mulher apresentou um documento de identificação civil falso. 

Após ter sido constatada a falsidade, a equipe descobriu que na verdade se tratava de Cristiane Bruno Lares Aredes de Morais, de 43 anos, que confessou que estava na agência bancária com o intuito de sacar a quantia de R$150 mil, e para isso, estaria utilizando documento falso. Ela receberia 5% do valor sacado. 

Ela confessou ainda ter sido agenciada por Ricardo Lazaro Cardoso, de 44 anos, que estava com Cristiane no momento da abordagem. Ainda durante as buscas, os investigadores constataram que Cristiane havia praticado no dia 04 de junho de 2019 o mesmo golpe, e na ocasião havia sido sacados R$150 mil em uma agência localizada na Avenida T-63.

Com eles a polícia apreendeu documentos falsos e extratos bancários comprobatórios das fraudes. Ambos foram autuados pelos crimes de furto qualificado mediante fraude (consumado e tentado) e uso de documento falso. 

O golpe

O delegado Cássio Arantes Nascimento, responsável pelo caso, explicou como a dupla agia. Ele revelou que os suspeitos selecionaram as melhores contas para fazer os saques.“A quadrilha foi até uma agência de Minas Gerais, cortou um cabo de internet na área dos caixas, colocaram um aparelho conectado ao celular e acessaram os dados de cerca de 300 correntistas. Eles fizeram uma filtragem das melhores contas e começaram a aplicar o golpe”, contou Cássio. 

Segundo o delegado, Ricardo, que mora em Brasília, é o responsável por agenciar as pessoas que farão os saques. Já Cristiane entrou no esquema após ver um anúncio em uma rede social oferecendo dinheiro rápido e fácil. “Ela disse que estava precisando de dinheiro e entrou em contato com o Ricardo, que forneceu os documentos falsos a ela. Eles vieram até Goiânia e conseguiram sacar R$ 150 mil em uma agência na Avenida T-63. Rapidamente eles já depositaram o dinheiro e várias outras contas de terceiros”, explicou o delegado. 

Ainda conforme o delegado, o dinheiro sacado, que não foi recuperado, entra como prejuízo para o banco, e não do correntista, uma vez que este teve seus dados obtidos de forma criminosa. Cássio acredita que o grupo iria realizar mais golpes em Goiânia. “Eles tinham mais cartões com nomes falsos e dados furtados dos clientes. O prejuízo pode chegar a R$ 1 milhão”, finalizou o delegado. 

Por fim o delegado informou que a polícia tenta agora identificar os responsáveis por furtar os dados bancários