Polícia Civil apura fraudes em licitações de obras públicas da Seduc

Crimes teriam sido cometidos nos últimos oito anos por empresários e servidores públicos

Postado em: 07-06-2019 às 18h00
Por: Redação
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Crimes teriam sido cometidos nos últimos oito anos por empresários e servidores públicos

Da Redação

A Polícia Civil (PC) divulgou nesta sexta-feira (07) os resultados da segunda fase da Operação Mákara, que investiga possíveis fraudes em processos licitatórios de obras públicas da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A suspeita é que empresários da área de construção civil, com a contribuição de servidores públicos, agiram durante oito anos. A PC também representou pelo afastamento de um servidor responsável pela área de fiscalização da Seduc. 

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A apuração aponta que os empresários combinavam entre os valores que seriam apresentados nas licitações e, depois, convenciam os servidores a ajudá-los nas fraudes. “Começamos a investigar notas fiscais falsas que eram emitidas por um único grupo empresarial que realizava as obras. Após aprofundarmos em mais detalhes, verificamos de que o processo criminoso era bem mais amplo”, explicou o delegado Marcelo Aires, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).

Em maio, durante a primeira fase da operação, o governador Ronaldo Caiado exonerou todos os servidores que as investigações apontavam envolvimento no esquema criminoso. A atual gestão da Secretaria da Educação colabora desde o início deste ano com as investigações. A pasta declarou apoio integral ao trabalho dos policiais.

No total, foram realizados 17 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e São Luís de Montes Belos. Foram apreendidos computadores, telefones celulares, dinheiro e documentos que reforçam os indícios da prática criminosa. 

O Governo de Goiás declarou que é contrário a qualquer tipo de irregularidade que possa gerar desfalque ao erário. “Medidas de compliance, que vão combater e prevenir, ainda nas fases iniciais, qualquer ato de corrupção na administração pública, já está sendo implantadas em todas as secretarias de Estado”, e ainda afirmou que “nenhum ato que possa gerar prejuízos aos recursos públicos será tolerado pela atual gestão estadual”, defendeu.

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