Menino de 3 anos é encontrado sozinho em matagal em Goiânia

A criança foi socorrida por um motorista de aplicativo e apresentava marcas de agressão pelo corpo

Postado em: 10-06-2019 às 17h00
Por: Leandro de Castro Oliveira
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A criança foi socorrida por um motorista de aplicativo e apresentava marcas de agressão pelo corpo

Foto: Divulgação

Da Redação

Na madrugada desta segunda-feira (10), o motorista de um aplicativo se assustou ao passar perto de um matagal localizado no Residencial Santa Fé, em Goiânia. O homem percebeu um vulto, e ao parar o carro para observar, descobriu ser uma criança de 3 anos perambulando sozinha. O condutor tentou se aproximar, mas o identificado pelas iniciais I.R.R., se afastou assustado. Após uma conversa, ele se aproximou do menino que apresentava marcas de agressões e o levou para a Central de Flagrantes da polícia. 

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Na delegacia, o motorista disse que ouviu uma pessoa gritar o nome de alguém no matagal, provavelmente o nome do garoto. O homem também notou um veículo branco rondando pela região onde encontrou a criança, e este chegou a parar.

Logo após o menino ser encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), ficou constatado a presença de várias lesões em seu corpo, causada por agressão física. De acordo com a polícia, os pais da criança encontrada no matagal já foram alvos de denúncia por abandono de incapaz. Em sua defesa, o pai relatou que o caso se tratava de uma ocasião em que eles precisavam ir ao supermercado e deixaram o filho sozinho. 

À polícia, o pai, um vendedor de 38 anos, contou que a mãe da criança, uma dona de casa de 25 anos, tinha problemas de insônia e que eles costumavam fazer caminhadas de madrugada para ajudá-la a dormir. Ainda de acordo com o homem, em uma dessas caminhadas o filho teria se perdido na mata. 

O casal tem outros dois filhos: um menino de seis anos e uma menina de dois. Eles também foram encaminhados ao IML e encontraram sinais de agressão no menino. O pai confessou as agressões contra o menor e disse que estava “corrigindo os filhos”. 

O caso foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e está sobre investigação. Todavia, a polícia adianta que o caso não parece normal e que há evidências em tese de abandono e lesão corporal.

 

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