Prefeitura aumenta fiscalização na Região da 44

A intenção é inibir a ação dos vendedores ambulantes. Órgãos como Seplanh, SMT, Guarda Municipal e Polícia Militar estão intensificando a fiscalização na 44

Postado em: 13-06-2019 às 12h00
Por: Jefferson Pereira dos Santos
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A intenção é inibir a ação dos vendedores ambulantes. Órgãos como Seplanh, SMT, Guarda Municipal e Polícia Militar estão intensificando a fiscalização na 44

Foto: Jefferson Santos

Da Redação

Começou hoje, quinta-feira (13),
uma ação de fiscalização mais rigorosa para evitar a presença de vendedores
ambulantes, os chamados ‘camelôs’, na Região da 44.  A ação é uma Força-Tarefa conjunta entre
Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento
(Seplanh), Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), Guarda Civil Metropolitana (GMC),
Polícia Militar (PM), Procon e outros órgãos. Essa medida foi tomada após o
início das obras na Praça do Trabalhador.

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“Com
o início das obras da Praça do Trabalhador já na semana que vem, é necessário uma
maior presença das forças de segurança, guarda, todas as fiscalizações do
município, para que a gente consiga, de uma vez por todas, organizar a Região
da 44 e possibilitar que todo usuário que frequenta essa região tenha um conforto
maior e que todos trabalhem de forma ordeira e regular”, afirma o secretário
Municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Henrique Alves.

Alguns camelôs que estavam em
condições irregulares tiveram suas mercadorias apreendidas. “Vamos atuar em
toda Região da 44 e adjacências, todo camelô que tiver em forma irregular terá
sua mercadoria apreendida. Se ele estiver usando o carro como depósito ou loja
poderá também ter o veículo apreendido. As forças de seguranças estão atuando
firmes nesta região a partir de hoje e pelos próximos cinco meses, enquanto
durarem as obras”, disse o Gerente de Articulação da Guarda Civil Metropolitana,
José Pires.

Durante a ação os ambulantes
reclamaram estar sendo prejudicado com as ações. “Eles arrumaram local para os
feirantes, porque não arrumam para nos? Precisamos trabalhar também”, afirma o
ambulante que não quis se identificar. Alguns materiais como araras de roupas e
barracas foram apreendidos. Outro ambulante, que também não quis se
identificar, estava no local contou a equipe de reportagem do Jornal O Hoje que
alguns guardas quebraram as tendas que pertenciam a eles. “Eles estavam
recolhendo e quebraram algumas tendas e depois as jogaram no caminhão”, disse.

Segundo o Comandante Operacional
da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Wellington Paranhos, não houve abuso por
parte da GCM. “O que ocorre é que alguns se exaltam e a necessidade da Guarda
Civil intervir. Nossos agentes trabalham dentro da legalidade, estamos aqui
para dar proteção aos ficais ao município”, disse. Ele complementou afirmando
que “estamos mantendo um dialogo para que hoje e no decorrer dos cinco meses, não
aconteça nada entre as forças de seguranças e os ambulantes.”

Por volta das 09h da manhã, os
ambulantes ocuparam parte da Rua 44 para uma manifestação na qual eles
reivindicaram dos órgãos públicos uma melhor condição de trabalho. “A nossa
principal reivindicação é que nos continuemos a trabalhar da maneira que estávamos,
chegando aqui por volta das 18h e trabalhando até às 07h30 do outro dia. Esse
horário não atrapalhará as lojas. Queremos continuar como estamos, trabalhando
desta maneira”, explica Sergio Martins, um dos representantes do movimento dos
camelôs.

Lojistas afirmam que ambulantes tiram os clientes das lojas

Diversos lojistas afirmam que a
presença dos ambulantes na região acaba afetando no bom andamento das vendas
dentro das lojas. De acordo com Thiago Barbosa, proprietário de uma loja que
fica na Rua 44, alguns clientes se sentem inseguros no local e acabam partindo
para outros pontos. “Direto tem briga de camelôs aqui na rua, e por conta
dessas brigas alguns clientes ficam com medo. Hoje por causa da manifestação
alguns clientes cancelaram a vinda até aqui. Os turistas que estão hospedados
na região ficam com receio de sair do hotel, o que acaba atrapalhando
diretamente as nossas vendas”, afirma o lojista.

Thiago conta que o que “sustenta”
as vendas da loja são os clientes que compram pela internet. “Vendemos muito
online porque as pessoas não se sentem seguras aqui. Primeiro que não tem como
estacionar, nem andar nas calçadas. Fora as pessoas de má índole que estão
envolvidas em meio aos camelôs. As pessoas preferem comprar pelas redes sociais
do que vir nas lojas, e é justamente isso que está mantendo as contas da nossa
loja”, afirma.

“A concorrência é desleal,
pagamos cerca de oito mil reais por mês de aluguel, fora o imposto que pagamos
para a prefeitura. Eles estão na rua, estão com ponto valorizado, existem camelos
que vendem pontos na rua e ninguém faz nada”, afirma este outro lojista que prefere
não ser identificado.

 

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