Obrigatoriedade do simulador chega ao fim

Além de tornar facultativo o uso do equipamento, Contran diminuiu de 25 para 20 horas o número de aulas práticas

Postado em: 15-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Além de tornar facultativo o uso do equipamento, Contran diminuiu de 25 para 20 horas o número de aulas práticas

Higor Santana

O governo decidiu retirar a obrigatoriedade do uso de simuladores, para a expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida foi aprovada durante a primeira reunião do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Além de acabar com a obrigatoriedade do uso de simulador, o Contran também diminuiu de 25 para 20 horas o número de aulas práticas para a habilitação da categoria B. O prazo para implementação da nova regra é de 90 dias.

De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o uso dos simuladores será facultativo, ou seja, se o aluno julgar que o equipamento é importante para a formação dele e que não está seguro de sair para aula a prática, ele poderá fazer normalmente. Além disso,Tarcísio disse que a intenção da pasta é reduzir a burocracia para expedição da CNH. O ministro diz acreditar que as mudanças poderão acarretar em uma redução de até 15% dos valores cobrados pelos Centros de Formação de Condutores (CFCs).

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Para a diretora financeira e instrutora da Cooperativa dos Profissionais de Formação de Condutores do Estado de Goiás (COOPERTRAN), Daniela Lacerda, com o fim da obrigatoriedade do simulador, quem perde são os alunos. “A gente pretende manter o simulador. Ele é bom porque para quem não sabe dirigir, ajuda muito. As pessoas geralmente ficam nervosas quando vão pegar um carro pela primeira vez, então o simulador facilita muito esse primeiro contato”, explica Daniela.

O fim dos simuladores também veio acompanhado de outras mudanças, a redução de 25 para 20 horas de aulas práticas na categoria B. Caso o aluno opte pelo uso do simulador, serão 15 horas de aulas práticas e 5 horas no equipamento. “A gente já vinha falando ao longo do tempo e hoje estamos tirando a obrigatoriedade dos simuladores, que passam a ser facultativos. Será uma opção do condutor fazer a aula ou não. Se ele julgar necessário que aquilo é importante para a formação dele, de que não está seguro de sair para aula prática, ele poderá fazer. Se não quiser, ele não terá que fazer a aula de simulador”, afirmou o ministro.

Ele também aproveitou para fazer críticas ao uso do equipamento de maneira obrigatória. “O simulador não tem eficácia comprovada. Nos países ao redor do mundo ele não é obrigatório. Em países com excelentes níveis de segurança no trânsito também não há essa obrigatoriedade. Então, não há prejuízo para a formação do condutor”, conclui.

 

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