Senador Canedo cria vagas em Cmeis

Parceria entre prefeitura e empresas privadas resulta na construção de dois novos Cmeis

Postado em: 19-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Parceria entre prefeitura e empresas privadas resulta na construção de dois novos Cmeis

Higor Santana

Uma parceria entre a Prefeitura de Senador Canedo e três empresas privadas do ramo de construção civil resultou na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a construção de dois novos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), na cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Senador Canedo, a construção das duas novas unidades, uma no Setor Santa Edwirges e outra no Residencial Aracy Amaral, devem gerar 392 novas vagas em tempo integral, para os alunos da rede municipal de ensino. 

Ainda segundo a Secretaria, trata-se um investimento de mais de R$ 3 milhões, além de R$ 144.512,24 para aquisição de mobiliário e equipamentos. Firmado junto ao Ministério Público (MP), o termo também se compromete a complementar as obras, caso os recursos financeiros de responsabilidade das empresas não sejam suficientes para sua conclusão. Ficou estabelecido que os Cmeis deverão ser entregues no prazo de 10 meses, a contar da expedição do alvará de construção. 

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Estatuto da Criança e Adolescente

De acordo com a promotora Marta Moriya Loyola, que tem atuação na área de urbanismo, o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) estabelece que a garantia de prioridade compreende a precedência de atendimento nos serviços públicos e de relevância pública, a preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas à proteção à criança e ao adolescente. Essas prioridades, explica a promotora de Justiça, implicam a previsão de verbas orçamentárias para a consecução das ações e programas de atendimento, voltados às necessidades de crianças e adolescentes. 

A também promotora de Justiça na área de educação, Wanessa de Andrade Orlando afirmou que, dada à defasagem de vagas na educação infantil e em obediência ao comando constitucional que confere prioridade absoluta aos direitos da criança e do adolescente, a política pública mais adequada, neste momento, seria a execução de obras e a implantação de Cmeis. Desta forma, segundo ela, seria implementado o direito à educação consagrado pela Constituição da República, pelo ECA e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.

Acordo

O TAC foi implementado a partir de dois procedimentos administrativos em trâmite na 2ª Promotoria de Justiça, relativos à crise hídrica, revisão de contrapartida de Atestado de Viabilidade Técnica Operacional (AVTO) e contrapartidas de áreas públicas. (Higor Santana é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian)

Professores estimulam o aprendizado com o uso de HQs 

Professores estimulam o aprendizado com o uso de HQs Aprender brincando. Essa é a estratégia de um grupo de professores da rede pública de Goiás, que tem usado a linguagem da história em quadrinhos em sala de aula para motivar os alunos a buscar conhecimento. No Colégio Estadual Deputado José Luciano, em Goiânia, o professor de matemática Clodoaldo Gomes de Oliveira resolveu ensinar sua disciplina de uma forma diferente. Há dois anos, ele propôs aos alunos do 1º ano do Ensino Médio que fizessem histórias em quadrinhos sobre o uso da matemática no dia-a-dia. 

O resultado surpreendeu o docente, que resolveu adotar a metodologia também nas outras turmas. “É uma atividade interdisciplinar que tem o objetivo de despertar o interesse do aluno, para que ele perceba que a matemática está contida em qualquer lugar, em tudo o que a gente faz e que não é um bicho de sete cabeças”, explica o professor que está há seis anos na rede estadual de Goiás.

Clodoaldo ressalta que o estudante aprende mais quando se envolve em algum trabalho, pois fica mais motivado e criativo. Além de estimular o interesse dos alunos pela disciplina, o professor conta que descobriu muitos artistas em sua sala de aula. Um desses estudantes é Gustavo Rodrigues Aires, que hoje está no 3º ano do Ensino Médio, mas que há dois anos produziu um gibi que impressionou e emocionou o professor pela história criada e qualidade dos desenhos. Nos quadrinhos, Gustavo fez de Clodoaldo um super herói. “O desenho dele é tão bem feito. Fiquei muito surpreso com a criatividade. Descobri um ótimo desenhista, um novo talento”, comemora.

Desenrolando o espanhol

O espanhol também passou a ser uma língua mais presente no dia-a-dia dos alunos depois que a professora Lidiane da Silva Pires, do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Ely da Silva Braz, em Luziânia, adotou a história em quadrinhos na sala de aula. A docente, que é psicopedagoga e especialista em ludopedagogia, decidiu usar os gibis na turma do 6º ano do Ensino Fundamental na hora de ensinar a difícil gramática espanhola aos pequenos.

“Os alunos do 6º ano são menores, e o espanhol é uma língua mais difícil para eles, então deve ser trabalhado de modo lúdico, porque assim os estudantes conseguem assimilar e aprender, sem ficar cansativo para eles”, explica a professora.

Durante o exercício feito em sala de aula, os alunos tiveram contato com gibis nacionais e da língua espanhola. Na sequência, foram estimulados a desenhar seus próprios quadrinhos. Quem teve dificuldade com a arte, recortou os já existentes e então todos construíram suas próprias histórias em espanhol.

“Os personagens são os mesmos das histórias em quadrinhos famosas, mas eles criaram suas próprias histórias, com a criatividade deles. Foram seis aulas para concluir os trabalhos e cada um apresentou o seu e leu em espanhol”, conta Lidiane, orgulhosa de seus alunos que, segundo ela, não tem mais dificuldade com o espanhol e já lêem textos da língua com facilidade.

 

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