Obras devem acabar com alagamentos

Rede de 2,6 quilômetros de extensão promete solucionar problemas de enchentes e alagamentos no Centro

Postado em: 20-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Rede de 2,6 quilômetros de extensão promete solucionar problemas de enchentes e alagamentos no Centro

Higor Santana

A Prefeitura de Goiânia iniciou a implantação da nova rede de drenagem na região central da Capital. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), serão 2,6 quilômetros de extensão da nova rede, que irá permitir o lançamento das águas pluviais no córrego Capim Puba, solucionando o problema com enchentes e alagamentos na cidade. Com orçamento de R$ 7,5 milhões, a obra deve ser totalmente concluída até agosto de 2020.

A região central de Goiânia sofre durante o período chuvoso, por causa do alto índice de impermeabilização do solo. Para a Seinfra, a rede de drenagem que integra o complexo do BRT, deve solucionar de vez o problema com alagamentos na região da Rua 44, Avenida Independência, Praça do Trabalhador, Avenida Goiás e adjacências, Praça do Bandeirante e até a Praça Cívica.

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Para o secretário de Infraestrutura, Dolzonan da Cunha Mattos, o projeto conta com uma tubulação em Ribiloc (PVC), de 500mm de diâmetro, na Praça Cívica (início), e de 1,60 metros de diâmetro no Capim Puba, onde será o lançamento. A capacidade de vazão é de 10 mil litros de água por segundo. 

Dolzonan explica que com o sistema de drenagem, Goiânia dará um salto qualitativo muito grande na área de saneamento ambiental, proporcionando a uma região muito populosa mais segurança no período de chuva. “As ruas têm sido os canais de condução das águas pluviais, com essa rede de drenagem que estamos construindo, vamos solucionar o problema de enchentes e alagamentos e a região central estará segura no período das chuvas”, afirma.

Trecho da rede será dupla 

A obra teve início em março deste ano e, por ser o trecho mais complexo, começou pela Rua 4, no Setor Norte Ferroviário, onde fará o lançamento no Capim Puba, de lá passará pela Avenida Oeste, no Setor Marechal Rondon, seguirá pela Rua 74 e subirá a Avenida Goiás, cruzará a Avenida Independência e chegará até a Praça Cívica. 

Entre a Independência e a Praça Cívica, cerca de 1,9km, a rede será dupla. O trecho entre o Setor Norte Ferroviário e a Avenida Independência deverá ser concluído até o final do próximo mês. A sequência, na Avenida Goiás, avançará em conjunto com os demais serviços do BRT, com revitalização completa como calçamento, paisagismo, iluminação e sinalização de trânsito.

“Córrego deve suportar quantidade de água da chuva”, garante secretário 

Em entrevista exclusiva a equipe de reportagem do jornal o Hoje, o secretário de Infraestrutura, Dolzonan da Cunha Mattos, afirmou que com a implantação do novo sistema de drenagem no Centro de Goiânia, os problemas de alagamentos e enchentes devem ser solucionados na Capital. Além disso, Dolzonan garantiu que o córrego Capim Puba deve suportar a quantidade de água que irá receber, em dias de chuva.

De acordo com o titular da Seinfra, trabalhos de limpeza e manutenção estão sendo realizados regularmente no córrego para que o afluente possa suportar a quantidade de água e evitar alagamentos. “Foi feito todo um projeto de estudo sobre a vazão do córrego, na região da Marginal Botafogo. O Capim Puba já recebia a água de toda a região central quando chove, o que vamos fazer é canalizar essa água. Além disso, a prefeitura vai fazer trabalhos constantes de limpeza de boca de lobo, bueiros, pontes e desobstrução de pontos críticos apontados pela Defesa Civil”, afirma.

O córrego Capim Puba nasce dentro do Lago das Rosas, no Parque Zoológico, com três nascentes, e percorre canalizado parte do Setor Oeste, Setor Norte Ferroviário, e deságua no córrego Botafogo que, segundo o secretário, também está passando por trabalhos de limpeza. “Os dois passaram desde o começo do ano por trabalhos de limpeza. O entupimento está diretamente ligado ao descarte irregular de resíduos em ruas e calçadas. O impacto dessa sujeira mostra seus efeitos no período chuvoso. O lixo vai parar nas bocas de lobo, impedindo o escoamento da chuva e a água acumulada invade ruas, calçadas e até residências”, explicou. (Higor Santana é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian)

 

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