Investigação apura esquema criminoso no IPASGO

Funcionários terceirizados da GT1 Tecnologia também estão sendo investigados por beneficiar funcionários

Postado em: 01-07-2019 às 15h45
Por: Leandro de Castro Oliveira
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Funcionários terceirizados da GT1 Tecnologia também estão sendo investigados por beneficiar funcionários
Foto: Divulgação 

Da Redação 

A Polícia Civil (PC) deflagrou nesta segunda-feira (01), a Operação Morfina que apura a presença de um esquema criminoso no Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (IPASGO). Funcionários públicos se aproveitavam de seus cargos para praticar uma série de fraudes no instituto. No decorrer da atuação, oito mandados judiciais de afastamento das funções públicas, quatro mandados de busca e apreensão e seis mandados de intimações simultâneas foram cumpridos. A suspeita é de um desvio de R$ 500 milhões. Em um dos casos, o laboratório recebeu por 200 exames de sangues feitos a um único paciente. 

O alvo da operação são funcionários da empresa GT1 Tecnologia, que presta serviços terceirizado ao IPASGO.  As medidas fazem parte de um inquérito policial que investiga os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e inserção de dados falsos em sistemas de informações, que beneficiavam ilegalmente prestadores de serviços como médicos, clínicas, laboratórios e hospitais. 

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A Operação, que está sendo conduzida pelos delegados Rhaniel Almeida e Webert Leonardo, foi deflagrada por agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), com apoio da Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCO).

Em nota oficial, o Ipasgo disse esperar que todos os fatos sejam apurados e os responsáveis punidos:

O Ipasgo informa que tem dado
integral apoio ao excepcional trabalho de auditoria da Controladoria Geral do
Estado (CGE) e de investigação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de
Goiás (SSP-GO), por meio da Polícia Civil do Estado de Goiás, e espera que
todos os fatos relativos a tais denúncias sejam adequadamente apurados e os
responsáveis sejam devidamente punidos.

Importa esclarecer que as investigações se
referem a ações praticadas por colaboradores de empresa de tecnologia que
presta serviço ao órgão desde agosto de 2011.

A nova gestão do Ipasgo defende e apoia toda
medida de combate à corrupção por entender que tais irregularidades podem
colocar em risco a sustentabilidade do plano e, consequentemente, o atendimento
à saúde de milhares de cidadãos goianos.

Acrescente-se que em consonância com as
diretrizes de austeridade, moralização e profissionalização da administração
pública estabelecidas pelo atual Governo de Goiás, medidas de Compliance
Público vêm sendo implementadas no Ipasgo, desde o início de 2019, como vacina
contra atos de corrupção na instituição pública. 

 

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