Trio é preso suspeito de fornecer armas e drogas para Sergipe

Segundo a PC, os detidos já foram condenados na Operação Valquíria, deflagrada no estado sergipano que investigou roubos, homicídios e tráfico de drogas

Postado em: 15-07-2019 às 13h30
Por: Redação
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Segundo a PC, os detidos já foram condenados na Operação Valquíria, deflagrada no estado sergipano que investigou roubos, homicídios e tráfico de drogas

Da Redação

A Polícia Civil de Goiás deu apoio à Polícia Civil de Sergipe em operação para desmantelar a linha de fornecedores de uma suposta organização criminosa armada interestadual que remetia milhões de reais em drogas e armas para Sergipe e outros estados da região Nordeste. A organização é liderada por integrantes remanescentes da Operação Valquíria, que foram presos no ano de 2013, mas ganharam liberdade e voltaram a se reestruturar. 

A organização utilizava o Estado de Goiás como base e era comandada pelos irmãos sergipanos Aduilson Góis Oliveira, conhecido como “Galego”, e Ademir Góis Oliveira, o “Demir” ou “Galeguinho”. Sob a liderança deles, a organização criminosa comete graves delitos em todo o país, especialmente tráfico de entorpecentes e o comércio ilícito de armas de fogo. 

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Os irmãos foram presos na cidade de Senador Canedo, na Região Metropolitana da capital, no início da manhã desta segunda-feira (15). Também foi preso Lucivaldo Fernandes da Silva, considerado pela polícia como o operador de logística da organização criminosa no Estado de Goiás.

Liberdade

Ademir foi condenado nos desdobramentos da Operação Valquíria a mais de 22 anos de prisão, porém no dia 7 de fevereiro deste ano, ele conseguiu uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, determinando sua liberdade. Instada a se manifestar, a Procuradoria Geral da República foi contra a decisão monocrática do ministro, argumentando que o habeas corpus para Ademir sequer deveria ser conhecido, em virtude do que preceitua a Súmula 691 do próprio STF. 

Não bastasse os obstáculos jurídicos, Ademir também é  membro de organização criminosa; suspeito de matar 13 pessoas em apenas um ano, ter péssimo comportamento no presídio do Santa Maria, com participação no homicídio de três detentos da unidade no dia 30 de abril de 2018. Após a decisão do ministro, Ademir fugiu de Sergipe e foi para o estado de Goiás se somar a liderança do irmão Aduilson a fim de reestruturar a organização. 

Assaltos a banco e carros forte

O poder de fogo da organização é tão impressionante que uma investigação das Polícias Civil do Maranhão e do Pará prendeu um bando de assaltantes de banco com uma metralhadora antiaérea ponto 50, fornecida pela quadrilha dos irmãos Góis. 

No dia 20 de novembro do ano passado, criminosos foram presos no Estado de Pernambuco com armamento fornecido pela organização criminosa dos irmãos Góis. Na época, foram apreendidos um fuzil calibre .556, 720 munições, duas pistolas calibre .380, um revólver calibre 38, um equipamento bloqueador de sinal GPS, além de muita droga.

 

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