Justiça bloqueia mais de R$ 22 milhões de ex-prefeitos de Formosa

Na ação criminal, foram denunciados também ex-secretários e empresária de cooperativa. Nesta quarta-feira (24), houve mais mandados de busca e apreensão de provas.

Postado em: 24-07-2019 às 17h32
Por: Nielton Soares
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Na ação criminal, foram denunciados também ex-secretários e empresária de cooperativa. Nesta quarta-feira (24), houve mais mandados de busca e apreensão de provas.

Nielton Soares

O Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil deflagraram, nesta quarta-feira (24), em Formosa, a Operação Treblinka. Os mandados de busca e apreensão de mais provas foram emitidas para a empresária Flavineide Rocha dos Santos, proprietária da Cooperativa Arraial Reciclagem e Cultura. Ela é acusada de participação no esquema de fraudes em licitações e falsidade ideológica e causou os prejuízos superiores a R$ 20 milhões, ocorrido entre 2012 e 2016. 

O caso aconteceu durante as gestões dos ex-prefeitos Pedro Ivo de Campos Faria e Itamar Sebastião Barreto, réus também no processo. A justiça condenou ainda os ex-secretários de Administração Abílio de Siqueira Filho, Eduardo Leonel de Paiva e Gilmar Francisco de Souza. Todos tiveram seus bens bloqueados, totalizando mais de R$ 22 milhões.

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As investigações estão sendo acompanhadas pelas 2ª e 6ª Promotorias de Formosa. Segundo os promotores de justiça, o município celebrou contratos milionários com dispensa indevida de licitação. E, a principal beneficiária foi a Cooperativa Recicla, cuja justificativa seria a contratação de pessoas de baixa renda, que fariam o trabalho de catadores de recicláveis no lixão da cidade.

Além disso, os denunciados celebraram centenas de contratos com pessoas, que eram obrigadas a criar microempresas individuais. Para assim, prestar serviços exclusivos de funcionários públicos em secretarias municipais, hospitais, escolas, delegacia, horta comunitária e outras funções.

Condenação 

Caso a justiça acate as acusações, os réus poderão receber penas de mais de 10 anos de reclusão. Já o município foi condenado ao pagamento de verbas trabalhistas. O montante ultrapassa R$ 2 milhões, isso, por causa das ilegalidades praticadas pelos denunciados.

 

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