Ampliação da Área Azul vai dificultar ação dos flanelinhas

A ampliação deve atingir 30 mil vagas nas áreas de concentração comercial de várias regiões

Postado em: 29-07-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A ampliação deve atingir 30 mil vagas nas áreas de concentração comercial de várias regiões

Daniell Alves

Milhares de vagas devem ser implantadas por meio do Estacionamento Rotativo da Área Azul na Capital. A Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) está desenvolvendo um aplicativo exclusivo para uso do Estacionamento. Nesta primeira fase, a meta inicial da Prefeitura de Goiânia é expandir de 3.600 para 11 mil vagas no Centro e em Campinas. Na próxima, a ampliação deve chegar a 30 mil em diversas regiões. A ampliação da Área Azul pode dificultar o serviço oferecido por estacionamentos pagos e as ações de flanelinhas na Capital. 

Especialista em Trânsito e Transportes, Marcos Rothen, destaca que os estacionamentos tradicionais vão precisar se adequar e diminuir os preços cobrados, já que o rotativo é mais acessível. “A ampliação é necessária porque Goiânia tem muito movimento, mas é importante que as pessoas não estacionem em qualquer lugar e deixem a cidade organizada”, frisa ele.

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De acordo com o secretário Municipal de Trânsito, Fernando Santana, a implantação da ferramenta irá proporcionar conforto ao usuário e sustentabilidade para o comércio. A implantação do app foi discutida na semana passada, em audiência pública, realizada pela Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT). O encontro reuniu representantes de órgãos e entidades da administração pública, dirigentes e representantes de empresas privadas e de organizações da sociedade civil e representantes da comunidade acadêmica.

A Área Azul foi instituída por Lei Municipal. É um estacionamento rotativo que visa à democratização do espaço público e a valorização do cidadão e do comércio, além de uma melhor ordenação dos veículos nas vias. O aplicativo, chamado de Solução de Estacionamento Digital (SED), vai incluir implantação, operação, monitoramento e administração da Área Azul, por meio de controle informatizado e automatizado na Capital.

“O controle eletrônico de estacionamentos é uma alternativa das cidades modernas, sendo que atualmente mais de 15 capitais estão em processo de implantação dessa modalidade de monitoramento das vagas, que proporciona rotatividade e beneficia o comércio local”, explica o secretário Fernando Santana. De acordo ele, a primeira etapa do projeto deve levar um ano para ser operacionalizada, entre a licitação demarcação das áreas, numeração das vagas e implantação.

Ampliação em novas regiões

Goiânia dispõe atualmente de 3.600 vagas de área Azul no Setor Central (1700) e no Setor Campinas (1900), controladas pelo sistema de cartões impressos. Numa próxima fase, a expansão visa atingir 30 mil vagas nas áreas de concentração comercial dos Setores Recanto do Bosque, Vila Finsocial, Jardim Nova Esperança, Residencial Eldorado, Setor Novo Horizonte, Setor Marechal Rondon, Setor Centro-Oeste, Coimbra, Bueno, Oeste, Marista, Aeroporto, Sul, Pedro Ludovico, Jardim Goiás, Alto da Glória, Água Branca, Leste Universitário, Vila Nova, Norte Ferroviário.

Vice-presidente da Fecomércio, o empresário Zenildo Dias do Vale acredita que a ampliação da Área Azul vai beneficiar o comércio pela rotatividade do estacionamento. ‘O aplicativo vai ganhar o consumidor que vai encontrar lugar para estacionar e o comerciante que precisa vender’, definiu.

Funcionamento

O projeto prevê que a Área Azul comece a funcionar pelo aplicativo Solução de Estacionamento Digital nos sistemas IOS e Android. O usuário poderá fazer o download e cadastrar seu veículo. Caso o motorista não tenha o aplicativo, ele vai precisar comprar o crédito para estacionar com os fiscalizadores ou em terminais de vendas instalados em comércios da Capital.

Ao obter o Cartão Azul Digital, será necessário selecionar a vaga e associar à placa do carro, escolhendo o tempo de estacionamento (1 ou 2 horas), com confirmação via SMS. (Daniell Alves é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

 

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