Saneago entrega Plano de Racionamento da Bacia do Rio Meia Ponte à Semad

Após o Meia Ponte atingir nível crítico, o projeto é uma das medidas de precaução para evitar a escassez de água na Capital, mas Saneago não divulga detalhes

Postado em: 03-08-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Após o Meia Ponte atingir nível crítico, o projeto é uma das medidas de precaução para evitar a escassez de água na Capital, mas Saneago não divulga detalhes

Daniell Alves

A Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) já entregou o Plano de Racionamento da Bacia do Rio Meia Ponte à Secretaria de Meio Ambiente (Semad).  A medida emergencial foi necessária após o nível do Rio atingir nível crítico 1. No entanto, a Saneago e Semad não deram detalhes de quais são as alternativas descritas no plano para evitar uma possível escassez de água.

De acordo com a Semad, a definição desta criticidade foi baseada em um monitoramento das vazões entre os dias 15 e 21 de julho. Também segue a deliberação 009/2019 do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, correspondente à vazão de escoamento menor ou igual a 4,3 mil litros por segundo.

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Entre as medidas preliminares de racionamento previstas pelo órgão estão: fica mantida a autorização para a Saneago captar 2000 L/s, reduzindo-se a quantidade de água que deve ser deixada no rio após o ponto de captação; intensificação das campanhas de promoção do uso racional da água; e divulgação da situação de criticidade à sociedade e setores usuários.

O gerenciamento de crise hídrica em Goiás pretende realizar também reuniões para mobilização, orientação, fiscalização e enfrentamento da crise com os usuários da Bacia e em caráter de precaução, a apresentação, pela Saneago, de Plano de Racionamento de uso da água.

A Saneago garante que a elaboração do Plano de Racionamento é uma das medidas para o abastecimento de água e definição dos usos prioritários, além das campanhas de conscientização e combate de perdas de água durante a distribuição.

Crise hídrica

A população também será orientada durante este período de criticidade. “Em uma política de transparência do Governo de Goiás, a Semad, em parceria com a Saneago, reafirma o compromisso de prestar informação constante da situação de criticidade do Meia Ponte para toda a sociedade por meio de sites institucionais e imprensa. Como já vem sendo feito, as campanhas para incentivar o uso racional da água pela população continuam sendo divulgadas em diversos meios, como televisão, rádio, jornal e mídias sociais”, informa a Semad por meio de nota.

Água deve ser economizada

Conforme informado pela Secretaria de Meio Ambiente, um novo nível de criticidade só poderá ser estabelecido após a vazão média permanecer por sete dias no nível crítico seguinte. 

O órgão afirma, ainda, que usuários de toda a região vêm participando de reuniões para o enfrentamento da crise e o gerenciamento de demandas, tendo recebido toda a orientação necessária para que esse período de seca seja ultrapassado com os menores prejuízos possíveis.

“A Semad alerta ainda sobre a absoluta necessidade de que a população contribua com a economia no uso de água e orienta os usuários rurais da Bacia a observarem estritamente os níveis que estão outorgados, devendo os usuários sem outorgas não efetivar o consumo de água, evitando assim possíveis sanções pelo uso irregular”, conclui o texto. (Daniell Alves é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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