Substituição de OSs na administração do Hugo pode cortar 600 funcionários

A unidade hospitalar conta com 1050 funcionários para atender mensalmente cerca de 2.380 atendimentos emergenciais, 1.120 internações e 3.415 consultas ambulatoriais

Postado em: 20-08-2019 às 17h22
Por: Nielton Soares
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A unidade hospitalar conta com 1050 funcionários para atender mensalmente cerca de 2.380 atendimentos emergenciais, 1.120 internações e 3.415 consultas ambulatoriais

Nielton Soares

A transição da administração do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que continua com Organização Social (OS), saindo o Instituto Haver e assumindo, já no próximo domingo (25), o Instituto Nacional de Amparo a Pesquisa e Tecnologia Inovação na Gestão Pública (INTS) pode resultar na demissão de 600 contratados. Os números representam mais da metade do atual quadro da unidade, de 1050 funcionários. O assunto foi abordado durante reunião, no último dia 12, entre representantes das duas OSs e da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).

A equipe atual do Hugo conta com um total de 760 técnicos de enfermagem e 290 médicos. Desse total, as demissões podem atingir diretamente 450 técnicos de enfermagem e 150 médicos, que possuem contrato celetista. Já os técnicos de enfermagem são aqueles que cumprem 30 horas semanais, tendo jornada de 12h/60h. A unidade hospitalar atende mensalmente cerca de 2.380 atendimentos emergenciais, 1.120 internações e 3.415 consultas ambulatoriais.

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Segunda a presidente do Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves, a intenção de demissão no Hugo já vem desde março deste ano. Na época, houve o processo licitatório que reduziu repasses de valores pelo Estado à unidade. Além disso, foi cogitado remanejar os funcionários que faziam 30h semanais passar para jornadas de 12h/36, ou seja, 40 horas semanais. 

Além dessa nova investida sobre os funcionários, há ainda a situação dos atrasos de salários. “Estou orientando-os para que entrem na Justiça em razão dos atrasos ocorridos desde antes da transição da OS Gerir para o Instituto Haver”, conta Alves. 

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