Hospitais Regionais continuam parados

Daniell Alves

Os Hospitais Regionais do Estado ainda devem demorar cerca de um ano para serem todos entregues à população da Região Norte e do Entorno do Distrito Federal. As unidades de saúde nos municípios de Uruaçu e Santo Antônio do Descoberto seguem inconclusas devido à falta de investimento por parte do governo federal e estadual. Uma delas chegou a ser inaugurada no ano passado, mas não estava apta para funcionamento.

As obras do Hospital Regional de Uruaçu, com previsão de retomada para este semestre, ainda não foi reiniciada. O Estado deve investir cerca de R$ 64 milhões para conclusão da unidade.  O Hospital chegou a ser inaugurado no ano passado, com 95% da obra já concluída, segundo o relatório técnico na época. No entanto, a gestão atual encontrou locais sem fios elétricos e centro cirúrgico inacabado. Segundo a pasta, serão 238 leitos de internação e 30 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Com o hospital de Uruaçu com obras paradas o governo do Estado anuncia a retomada das obras do Hospital Regional de Águas Lindas de Goiás. O anúncio foi feito pelo governador do Estado Ronaldo Caiado, na última sexta-feira (23). Para conclusão da obra são necessários mais de R$ 25 milhões direcionados à construção da infraestrutura da unidade e aquisição de equipamentos. A estimativa é que o prédio esteja concluído até o final deste ano.

A unidade também foi inaugurada no passado, mas não chegou a funcionar devido às irregularidades na execução dos trabalhos. Para entrega do Hospital é preciso refazer o piso que está se soltando, entre outros ajustes, além da continuidade da obra, afirma o governador. Caiado garantiu que só vai inaugurar a unidade quando “como governador, a obra estiver toda concluída, e como médico, puder colocar o jaleco para entrar na sala de cirurgia”. Ele diz nunca ter autorizado inauguração de obra inacabada.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, serão necessários cerca de R$ 12 milhões para a conclusão das obras; R$ 15 milhões para a aquisição de equipamentos; e mais de R$ 2 milhões para quitar dívidas. Já o custeio da unidade de saúde irá girar entre R$ 10 e R$ 14 milhões, de acordo com as especialidades oferecidas pelo hospital, afirma Ismael.

Se as obras forem concluídas, o Hospital Regional de Águas Lindas de Goiás atenderá não somente os moradores da região da cidade, mas a população do Entorno também. A estimativa é de que a unidade hospitalar forneça atendimento para mais de 1,2 milhão de habitantes durante 24 horas.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), a unidade contará com pronto-socorro, 30 leitos de UTI, sendo 10 para adultos, 10 pediátrico e 10 neonatais, oito salas no centro cirúrgico, incluindo atendimento de obstetrícia, totalizando 137 leitos.

O governador disse ainda que, na área da Saúde, vai determinar as obras para a construção de UTIs na unidade do município de Formosa. Em Posse, deve inaugurar no próximo mês a primeira policlínica, que terá 12 especialidades.

Os Hospitais Regionais de Uruaçu e Águas Lindas de Goiás estão com previsão de entrega para o 2º semestre de 2020. Ao fazer um balanço dos primeiros seis meses de gestão do governo, o secretário destacou a importância da fiscalização das unidades.

Hospital de Santo Antônio segue sem previsão

No município de Santo Antônio do Descoberto, as obras do Hospital Regional tiveram início em 2001 e seguem sem data de previsão para serem retomadas. O secretário afirmou que os recursos para construção da unidade seriam destinados pelo governo federal. O convênio terminou e várias irregularidades foram apontadas pela Controladoria Geral da União (CGU). A previsão era de atender de 8 a 12 mil pacientes.

“Não existe verba destinada para ele, nem federal, nem estadual porque a gestão passada não colocou isso no orçamento. Estamos analisando para uma programação, mas não existe nenhum prazo definido”, frisou o secretário.

A reportagem entrou em contato com a SES-GO para mais detalhes dos Hospitais Regionais estão com obras paralisadas e em andamento no Estado. No entanto, o órgão não conseguiu responder antes do fechamento desta matéria. (Daniell Alves é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)