Queimadas na Bolívia deixam autoridades brasileiras em alerta

Principal preocupação é com o avanço do fogo na fronteira com o Brasil

Postado em: 01-09-2019 às 09h00
Por: Redação
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Principal preocupação é com o avanço do fogo na fronteira com o Brasil

Da Redação

As queimadas na Bolívia deixam as autoridades brasileiras em alerta. A principal preocupação é com o avanço do fogo na fronteira.

Nas comunidades rurais bolivianas, a única forma de combater o fogo é de improviso. Desde o início de agosto, quando as queimadas se intensificaram, os moradores tentam impedir que o fogo atinja as casas.

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Em San Matias, cidade que fica na fronteira com o Brasil, em Mato Grosso, 1,5 mil pessoas tiveram que abandonar as casas.

O líder comunitário Hugo Lino Charuta conta que o fogo atingiu plantações e que está tudo queimado em volta da comunidade.

O prefeito da cidade de San Matias Fabio López Olivares diz que este ano o fogo foi mais intenso, e devastou boa parte do pantanal boliviano.

Só no município de San Matias os incêndios florestais atingiram 160 mil hectares. Isso equivale a 160 mil campos de futebol de tamanho oficial. O que está preocupando as autoridades brasileiras é a facilidade com que esse fogo pode passar de um país para o outro. Mato Grosso tem 700 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia. Basta uma fagulha e um vento fraco para o fogo atravessar de um país para o outro.

As chamas já consumiram mais de um milhão de hectares de florestas na Bolívia desde o início da estiagem. Na região de Roboré, a 250 quilômetros da fronteira com o Brasil, em Mato Grosso do Sul, militares do exército, bombeiros, policiais e voluntários formaram uma força-tarefa que trabalha no combate às queimadas.

O maior avião do mundo pra esse tipo de missão está sendo usado nas áreas mais críticas. Em um vídeo é possível ver o tamanho das labaredas em uma das propriedades da região.

A força-tarefa ainda não chegou à parte sul da Bolívia. Moradores e policiais combatem o fogo. Não há bombeiros. Famílias da cidade brasileira de Cáceres, em Mato Grosso, enviaram donativos para os vizinhos bolivianos, que perderam tudo. 

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