Polícia Civil cumpre mandado e apreende mais de R$ 400 mil em Goiânia

Não há mandados de prisões, mas suspeitos podem ser detidos em flagrante caso sejam encontrados documentos que comprovem a fraude| Foto: Divulgação/PC

Postado em: 03-09-2019 às 12h50
Por: Redação
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Não há mandados de prisões, mas suspeitos podem ser detidos em flagrante caso sejam encontrados documentos que comprovem a fraude| Foto: Divulgação/PC

Eduardo Marques

A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão, em Goiânia, contra suspeitos por vender certificados de conclusão de curso superior e apreendeu R$ 440 mil que estavam escondidos nas casa de alguns investigados. Operação batizada de Darcy Ribeiro, deflagrada na manhã desta terça-feira (02), apontou que, dentro de um ano e meio, cerca de 13 mil alunos conseguiram o certificado, embora verdadeiros, sem ir às aulas e terminar o curso de Gestão de Segurança Pública.

Oito instituições que oferecem cursos profissionalizantes e três faculdades particulares de Goiás são alvos da polícia. Os alunos pagavam em média R$ 1,2 mil pelos certificados. Esta é a primeira etapa da operação. Não há mandados de prisões, mas suspeitos podem ser detidos em flagrante caso sejam encontrados documentos que comprovem a fraude.

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Segundo o delegado Glaydson Carvalho, titular do 1º DP de Goiânia, as investigações foram subsidiadas pela CPI das Universidades. Confome Carvalho, outro ponta pé das diligências ocorreu devido a  denúncia do pai de um dos beneficados. Para ele, as faculdades tercerizavam os cursos e expediam os certificados de conclusão de curso aos discentes.

“A investigação, que é subsidiada, inclusive pela CPI das Universidades da Assembleia Legislativa de Goiás, seria a irregularidade na expedição de certificado do curso sequencial de Segurança Pública. A irregularidade é a terceirização de algumas instituições de ensino supeior para outros cursos ministrarem essas aulas, o que não é permitido pelo MEC, e os alunos não frequentavam as aulas e recebiam o documento de conclusão de curso, para que esses alunos participassem de concurso público”, afirma.

De acordo com o delegado, se houver provas suficientes que os beneficiados tinham conhecimento da fraude, eles serão indiciados por falsidade ideológica. “A grande maioria deles sabiam dessa fraude, porque eles faziam a matrícula, não frequentavam as aulas e recebiam o certificado, consequentemente perderão a validade do diploma, como uma medida administrativa tomada pelo MEC”, assegura. 

Glaydson Carvalho explicou que aqueles participaram da fraude e foram aprovados em concursos públicos perderão o cargo. “Se esse diploma for cancelado posteriomente, com certeza a aprovação em concurso público será invalidada”, frisa.

Já os donos das instituições de ensino vão responder por estelionato, falsificação de documento público, associação criminosa e sonegação fiscal. 

 

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