Goiana é diagnosticada com leucemia em viagem internacional e amigos fazem campanha por doação

Por conta da gravidade e progressão da doença, ela foi impedida de retornar para Goiânia e iniciou o tratamento na Argentina. Foto: Reprodução Facebook

Postado em: 17-09-2019 às 12h00
Por: Aline Carleto
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Por conta da gravidade e progressão da doença, ela foi impedida de retornar para Goiânia e iniciou o tratamento na Argentina. Foto: Reprodução Facebook

Aline Bouhid

No início deste mês, a goiana Simone Alves Pereira Costa, 52, viajou com o marido Cláudio Henrique Costa para o que seriam dez dias de viagem pela Argentina, mas que acabou sendo a descoberta de um tipo agressivo de leucemia. Por conta da gravidade e progressão da doença, ela foi impedida de retornar para Goiânia e iniciou o tratamento lá. Amigos se mobilizam pelas redes sociais para garantir doação de sangue. Simone é terapeuta, doula e professora de Yoga na Capital.

A campanha para doação de sangue é para repor o estoque do hospital. “Para sermos mais exatos, é preciso repor as plaquetas. Lá, esse procedimento é um pouco mais demorado que aqui, porque primeiro o doador precisa se cadastrar no hospital. Só no dia seguinte ele vai fazer a doação. Além disso, o doador precisa estar acompanhado por outra pessoa e vai ficar no hospital por aproximadamente três horas. Por ser um hospital público, os horários também são diferenciados, o que acaba prejudicando a rotina de quem pretende doar”, explica Valdinéia Tristão Lima, 43, amiga e sócia de Simone em um espaço terapêutico de Goiânia. 

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Entenda o caso

De acordo com relatos de amigos, Simone estava se sentindo cansada há alguns dias. “Antes da viagem, ela disse estar se sentindo cansada e achando até que poderia estar gripada. Simone viajou no domingo (8) e na segunda (9) começou a se sentir mal no hotel. Procurou um hospital na cidade para realizar exames. Foi aí que ela teve o diagnóstico preliminar de leucemia”, explicou Valdineia 

Na quarta-feira (11), o diagnóstico de Simone foi confirmado e ela foi transferida para um hospital especializado em Hematologia. Na quinta-feira (12) iniciou o tratamento de quimioterapia. Ontem (16), foi a quarta sessão de quimioterapia. Hoje (17) a equipe médica deve avaliar a possibilidade de transferência. A programação médica é fazer o início do tratamento em Buenos Aires para só depois voltar para Goiânia. “A gente pensa que seria muito mais fácil fazer o tratamento se ela estivesse aqui, cercada pela família e amigos, mas em função da gravidade e agressividade da doença, ela não poderá ser transferida até que suas taxas se normalizem”, explicou Valdinéia

No último domingo (15), Simone enviou áudio para a amiga dizendo que estaria de volta para Goiânia no dia 24 de setembro, data que completa 53 anos. “O áudio foi mais um desejo expresso dela de estar aqui, do que qualquer outra coisa”,comenta Valdinéia. Simone tem dois filhos, Thiago e Rafaela. O filho Thiago também está na Capital argentina.

Sobre a doença

Na leucemia mieloide aguda, as células mieloides se desenvolvem de forma anormal, formando células malignas que não cumprem sua função de defesa do organismo e se acumulam na medula óssea, atrapalhando a produção das outras células sanguíneas. 

A maioria dos sinais e sintomas da leucemia linfoide aguda resulta da falta de células sanguíneas normais, que ocorrem quando as células de leucemia assumem o lugar das células normais na medula óssea. Esta escassez é detectada nos exames de sangue e pode causar o principal sintoma da doença: cansaço.

O quadro é chamado de agudo por ter uma progressão muito rápida dessas células sanguíneas imaturas, logo atingindo outras estruturas como os nódulos linfáticos, fígado, baço, cérebro, medula espinhal e testículos. Este é o tipo mais comum de leucemia em adultos. 

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