Casal que aplicava golpes milionários é preso em Goiânia

As vítimas dos suspeitos tiveram prejuízo estimado em mais de R$ 40 milhões de reais| Foto: Divulgação/Polícia Civil

Postado em: 17-09-2019 às 12h17
Por: Redação
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As vítimas dos suspeitos tiveram prejuízo estimado em mais de R$ 40 milhões de reais| Foto: Divulgação/Polícia Civil

Eduardo Marques

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) prendeu nesta segunda-feira (16) no Setor Cândida de Morais, na região Noroeste de Goiânia, um casal suspeito de aplicar golpes de R$ 40 milhões em um esquema de pirâmide financeira em Jacareí (SP). Segundo a corporação, ambos prometiam alta lucratividade em negócios do ramo têxtil. O casal era considerado foragido da Justiça de São Paulo desde julho deste ano.

A prisão de Tatiane Soares Ramos e Rafael Cunha Ramos aconteceu durante uma operação da Gerência de Operações e Inteligência (GOI) da Polícia Civil de Goiás junto com a Delegacia de Capturas (Decap). 

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“Era um esquema de pirâmide, que oferecia o retorno de juros altíssimos fora do que é ofertado no mercado”, informou o delegado Fabrício Madruga, titular da Decap, ressaltando que a oferta de ganhos chegava a 80% sobre o valor investido em menos de um mês. 

Segundo o delegado Fabrício, por se tratar de uma operação de inteligência, não é possível revelar de que forma chegou até o casal. Inicialmente, segundo a polícia, não há registro de crimes deles em Goiânia. Advogados dos suspeitos não quiseram se pronunciar.

De acordo com Fabrício, os suspeitos vieram para Goiânia após ameaças de moradores de Jacareí (SP). “Eles fugiram para Foz do Iguaçu e depois que moradores descobriram que eles estavam lá, os mesmos vieram para Goiânia, pois um dos investidores mora na capital e o mesmo ofereceu o apartamento para o casal alugar”, disse. 

Ao Madruga, os suspeitos negaram o crime e alegaram que foram as pessoas realizaram investimentos mal sucedidos. “Em uma conversa preliminar, o casal informou que os investidores apenas fizeram negócios mal sucedidos, inclusive eles negam que houve golpe”, explicou. 

Em um dos boletins de ocorrência, em que constam 13 vítimas e foi registrado no dia 02 de setembro, elas relataram que fizeram uma parceria com uma suposta fábrica de vestuários de São Paulo, em Jacareí. Esse grupo disse atuar como investidor do negócio intermediado pela mulher investigada.

Para fazerem parte do grupo, as vítimas repassavam valores à empresária com a promessa que receberiam porcentagem sobre os lucros da suposta fabricante de roupas – entre 30% e 80% sobre o investimento. As vítimas relataram ainda que o acordo comercial com a suspeita foi firmado por meio de contrato.

Na última sexta-feira (28), conforme relatos dos denunciantes, a suspeita informou ao grupo de investidores que tinha “quebrado” e que estudava uma forma de repassar os valores devidos aos investidores. Desde então ela não respondeu mais, nem foi localizada em sua casa, no Jardim Califórnia, o que fez com que os investidores acreditassem terem sido vítimas de um golpe.

 

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