Operação prende ex-prefeito, vereadores e secretários de Araguapaz

Operação investiga crimes de corrupção, troca de favor e recebimento de propina. Ex-prefeita pode estar envolvida - Foto: Divulgação

Postado em: 17-09-2019 às 18h25
Por: Leandro de Castro Oliveira
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Operação investiga crimes de corrupção, troca de favor e recebimento de propina. Ex-prefeita pode estar envolvida - Foto: Divulgação

Higor Santana

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil (PC) na manhã desta terça-feira (17), resultou na prisão de vereadores, secretários e o ex-prefeito de Araguapaz, José Segundo Rezende Júnior é suspeito de corrupção, troca de favor e recebimento de propina na Câmara Municipal e Prefeitura da cidade. Batizada de Operação Tractamus, a ação ainda realizou diligências com o objetivo de apurar crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica. 

De acordo com a PC, dentre os investigados, consta o nome da ex-prefeita de Araguapaz, Márcia Bernardino de Sousa (MDB), que teve o mandato cassado em agosto deste ano. Já segundo a procuradoria da Câmara Municipal de Araguapaz, seis dos nove vereadores da casa foram presos na ação policial, dentre eles, o presidente da Câmara, Célio Ferreira Nunes (PTC). O órgão informou ainda que está tomando conhecimento do processo que determinou a prisão dos vereadores para analisar se será necessária a convocação dos respectivos suplentes.

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No ano passado, um pedido de impeachment foi protocolado e aceito pela Câmara Municipal de Araguapaz, contra Márcia Bernardino. De acordo com o presidente da Câmara, Célio Ferreira, a gestora do executivo estaria envolvida em irregularidades no transporte escolar da cidade. Esta não foi a única polêmica jurídica e política na qual a agora ex-prefeita de Araguapaz se envolveu. Em fevereiro de 2018, Márcia foi afastada pela Justiça por um período de 180 dias, por improbidade administrativa. 

Entretanto, a decisão do afastamento foi suspensa, à época, e a então prefeita retornou ao cargo. De acordo com a ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) da cidade, a prefeita era peça apenas figurativa, pois quem de fato administrava a cidade era seu marido e ex-prefeito, José Segundo Rezende Júnior. 

Diante disso, o ex-prefeito também foi proibido de adentrar nas dependências da prefeitura, e a magistrada determinou ainda o bloqueio dos bens móveis e veículos em nome do casal.

 

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