Organização criminosa é presa suspeita por “julgar” e matar rivais

Ao todo, sete pessoas foram presas. Elas são suspeitas de serem responsáveis por cinco assassinatos na região Sudoeste de Goiânia| Foto: Eduardo Marques

Postado em: 24-09-2019 às 12h50
Por: Redação
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Ao todo, sete pessoas foram presas. Elas são suspeitas de serem responsáveis por cinco assassinatos na região Sudoeste de Goiânia| Foto: Eduardo Marques

Eduardo Marques

Um grupo criminoso suspeito de cometer diversos homicídios na região Sudoeste de Goiânia foi preso, após operação da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Ao todo, 7 pessoas foram detidas. Elas são suspeitas por, no mínimo, cinco homicídios na capital em período de um ano e meio. As investigações se iniciaram em março de 2019. Na ação, cinco armas foram apreendidas. Nenhum detido apresentou defesa. 

Durante a apresentação dos detidos na manhã desta terça-feira (24) à imprensa no auditório da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), a Polícia Civil (PC) afirmou que a organização criminosa agia como uma espécie de ‘tribunal do crime’, onde a ordem para cometer os homicídios partia de Renato Rodigues Costa, vulgo “Renatinho”, preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Objetivo dos homicídios era vingança por morte de parceiros, disputa por domínio de tráfico de drogas e rivalidade entre facções. A execução ficava a cargo dos demais integrantes soltos que recebiam as ordens. 

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Após receberem a ordem para matar, o grupo saía a procura dos alvos com extrema violência, de acordo com a corporação. Os membros da organização criminosa era temida principalmente na região do Real Conquista e Residencial Itaipu. Entretanto, conforme as investigações apontadas pela Polícia Civil, os suspeitos  não ficavam restritos apenas a estes setores, mas cometiam em outros bairros de Goiânia. 

A primeira morte que a organização criminosa teria provocado ocorreu no dia 13 de julho de 2018, quando Luiz Paulo Porto Sales foi morto em razão da disputa de tráfico de drogas envolvendo o Jardim Itaipu e Real Conquista. Para vingar a morte do parceiro, Eduardo Ferreira da Silva executou Gustavo Matias Araújo, vulgo “Macaco”, no dia posterior. 

Já, no dia 14 de janeiro de 2019, a vítima identificada como Ednaldo José dos Santos, conhecida como Naldinho, foi assassinada com mais de 70 disparos de arma de fogo. A motivação foi para vingar o homicídio de Gustavo, o “Macaco”. Na ação, participaram três executores: Denilson Ferreira da Costa, vulgo “Bagdá”, Leandro Marcos Gomes Ferreira, vulgo “Cota” e Douglas Alves dos Santos, conhecido como “Fumaça”.

O delegado Klayter Camilo Resende, que no início das investigações era adjunto da DIH, explicou que a motivação para os assassinatos foi por vingança, disputa por território de tráfico de drogas e rivalidade entre facções. Sobre o termo “tribunal do crime”, ele afirmou que as ordens de execução partiam do próprio “julgamento” do detento Renato Costa e os comparsas, que estavam em liberdade, executavam.

Apesar de haver cinco assassinatos em investigação, o delegado acredita que esse número possa ser maior. “Depois que esses indivíduos foram presos, o número de homicídios na região Sudoeste de Goiânia reduziu drasticamente. Em torno de 85% dos homicídios foram cessados. Os criminosos aterrorizavam os moradores”. 

 

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