Empresas entram na corrida por licitação para asfaltar 630 km de Goiânia

Higor Santana 

Nove empresas e cinco consórcios já foram habilitados e concorrem, na modalidade menor preço, aos quatro lotes que compreendem ao processo licitatório para contratação de empresas que vão trabalhar na reconstrução de 630 quilômetros de ruas da Capital. O processo foi iniciado no último dia 2, pela Comissão de Licitação da Prefeitura de Goiânia. 

De acordo com a prefeitura, o processo licitatório de recapeamento, atende ao programa da atual gestão de recuperar 630 quilômetros de ruas e avenidas desgastadas pelo tempo de vida do pavimento, fornecendo solução definitiva para o pavimento asfáltico, melhorando o tráfego de veículos na cidade e, também, a segurança de motoristas e pedestres.

O prefeito Iris Rezende destacou que a obra será no sentido de substituir a pavimentação asfáltica antiga, que já não responde mais às operações tapa-buracos. Além disso, o gestor municipal reforçou que o conjunto das intervenções de recapeamento terá impacto positivo para a população. “É nossa responsabilidade investir em melhorias para a população e o que nós pretendemos ao investir na reconstrução de 630 quilômetros de ruas e avenidas em toda a cidade é isso, melhorar a mobilidade e garantir a segurança de todos”, diz.

Com orçamento de R$ 400 milhões vindos do Tesouro municipal, incluindo a supervisão e sinalização das vias, o serviço deverá ser executado de acordo com as normas, especificações e métodos da ABNT e, ainda, com uso de materiais, modelo, marca e tipo aprovados pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

De acordo com o edital, a empresa vencedora da licitação terá um prazo de até 24 meses para execução do serviço, por lote, e deverá começar a execução em até 72 horas após a emissão da ordem de serviço. A licitação encontra-se em fase de recursos.

Para o secretário titular da Seinfra, Dolzonan Mattos, reconstruir 630 quilômetros de vias será um dos grandes desafios da gestão, pois significa mudar a pavimentação asfáltica em mais de 110 bairros, numa área que abrange praticamente toda a cidade. “Goiânia possui ruas asfaltadas há mais de 60 anos e outras que já estão tomadas por buracos. Com a reconstrução das vias, teremos praticamente outra malha viária na Capital, que promoverá um trânsito mais seguro, e, indiretamente, trará mais economia ao motorista, porque a fluidez e a mobilidade serão muito maiores”, destaca.

BRT Norte-Sul

O BRT Norte-Sul tem uma extensão de 21,7 km, saindo do terminal Recanto do Bosque, na região Norte da capital, até o terminal Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia. É composto por duas trincheiras, seis terminais de integração aos ônibus comuns e 30 estações de embarque e desembarque. A Prefeitura está trabalhando no edital para a construção do trecho de 5 km, entre os terminais Isidória e Cruzeiro do Sul. O prazo para conclusão total da obra é outubro de 2020.

Na parte norte, todos os imóveis previstos já foram desapropriados e demolidos, a terraplenagem para a pavimentação tanto do corredor quanto da duplicação da Avenida Oriente já foi iniciada e a ENEL está fazendo a remoção dos postes na região próxima ao Terminal Recanto do Bosque.

No trecho sul, as obras também estão dentro do cronograma. No cruzamento da Rua 90 com a Rua 136, onde está sendo construída a trincheira, a pavimentação do corredor foi concluída e 95% da pavimentação dos demais veículos já está pronta. Estão em execução os meios-fios, o plantio de grama e a construção das calçadas. 

(Higor Vaz é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian)