PF cumpre mandados de busca e apreensão em Goiás e em mais oito Estados

Auditores agropecuários federais são alvos de operação da PF. Esta é a 4ª fase da Operação Carne Fraca. Foto: Divulgação PF-Paraná

Postado em: 01-10-2019 às 08h30
Por: Aline Carleto
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Auditores agropecuários federais são alvos de operação da PF. Esta é a 4ª fase da Operação Carne Fraca. Foto: Divulgação PF-Paraná

Aline Bouhid

No início da manhã de hoje (1º), a Polícia Federal (PF) cumpre 68 mandados de busca e apreensão em nove estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, no Paraná. A 4ª fase da Operação Carne Fraca que tem como alvos auditores fiscais agropecuários federais em vários estados. De acordo com a PF, eles teriam sido favorecidos com vantagens indevidas.

A operação apura crimes de corrupção passiva em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação. O grupo empresarial indicou ao menos o envolvimento de 60 auditores fiscais. “Há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos indevidos. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais”.

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De acordo PF, o nome da operação, Romanos, faz referência a diversas passagens bíblicas do Livro de Romanos que tratam de confissão e Justiça. Em maio, o principal alvo da nova ação policial foi o ex-superintendente do Serviço de Inspeção a Produtos de Origem Animal, da superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Goiás, Francisco Carlos de Assis. 

Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclarece que as informações sobre os servidores alvos dessa etapa da operação foram enviadas hoje ao Mapa, que já tomou e continuará tomando todas as providências e sanções legais cabíveis. Desde a primeira fase da Operação, o Mapa acompanha as investigações, colabora com as autoridades policiais e judiciárias, agindo sempre em defesa da probidade do serviço público.

O Ministério reafirma a plena confiança em sua área de fiscalização agropecuária, já reestruturada, e entende que essa situação é uma exceção à regra e não compromete a efetiva atuação de seus 2.500 fiscais. Este governo vem fazendo e continuará fazendo a modernização e o aperfeiçoamento do sistema. 

Matéria atualizada em 01/10/2019 às 13:00 para acréscimo de nota do Mapa 

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