UFG contra-ataca com divulgação de pesquisas científicas

Os estudos científicos e tecnológicos desenvolvidos pela UFG revolucionam e resolvem os problemas da sociedade - Foto: Divulgação/UFG.

Postado em: 10-10-2019 às 06h00
Por: Daniell Alves
Imagem Ilustrando a Notícia: UFG contra-ataca com divulgação de pesquisas científicas
Os estudos científicos e tecnológicos desenvolvidos pela UFG revolucionam e resolvem os problemas da sociedade - Foto: Divulgação/UFG.

Daniell Alves

Em meio à polêmica sobre o contingenciamento de verbas e críticas ao programa Future-se, do governo federal, a Universidade Federal de Goiás (UFG) tem divulgado pesquisas de extrema importância atendendo às demandas da população.  A entidade soma, hoje, 2.244 projetos de pesquisa registrados. Mas, de acordo com o Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, Jesiel Freitas, o número é superior. 

Segundo ele, há mais planos de trabalhos sendo desenvolvidos simultaneamente, podendo multiplicar a quantidade atual por três – o que equivale a 6.732 projetos. Isso porque cada um desses projetos pode ter uma tese de douturado ou duas de mestrado e até quatro de iniciação científica. 

Continua após a publicidade

Em entrevista ao Jornal O Hoje, Jesiel destaca os impactos diretos que os projetos desenvolvidos proporcionam à sociedade. Vários desses estudos ganham destaque no cenário internacional. “Hoje, nada podemos fazer sem que haja pesquisas científicas. Todos os projetos estão resolvendo problemas de imediato dos processos econômicos, da natureza social e tecnológica”, afirma ele.

Áreas com maior impacto são prioridade

Entre as pesquisas que beneficiam diretamente a população estão às relacionadas ao setor produtivo, como a que visa a melhoria da qualidade do leite, por exemplo. “São desenvolvidas pesquisas nas áreas que têm um impacto mais imediato, a exemplo da reprodução humana, da saúde coletiva, controle de qualidade de energia elétrica e área de conservação”, aponta Jesiel.

Segundo ele, a atividade de pesquisa científica e tecnológica é fundamental para resolver problemas atuais e do futuro. “Estas atividades só podem ser concluídas por meio de processos longos, que requerem a persistência da regularidade de investimentos. É extremamente importante que a sociedade brasileira tenha consciência dessa importância para evitar a descontinuidade dos investimentos públicos”, alerta. Caso não haja incentivos, pode resultar em um impacto negativo difícil de ser revertido.

Pró-reitor de pós-graduação da UFG, Laerte Guimarães, acrescenta que as pesquisas feitas pelos alunos geram repercussão internacional e respondem às demandas da população. “Recentemente tivemos um estudo que mostra a possibilidade de fazer diagnóstico de câncer por meio da análise da cera do ouvido”, cita ele. O estudo realizado na Universidade, no Laboratório de Métodos de Extração e Separação (Lames), concluiu que o exame clínico da cera de ouvido pode levar à detecção de doenças como câncer em diferentes estágios. 

Pesquisa pode revolucionar a tecnologia de LEDs

Uma pesquisa desenvolvida por alunos da UFG, a mais recente
divulgada, descobriu uma forma de reduzir o consumo de energia em aparelhos
eletrônicos. Trata-se de um composto químico que pode aumentar de 20% para
75,4% a eficiência de telas de celulares, notebooks e televisores.

O principal ganho da proposta é um expressivo aumento da
geração de economia no consumo da bateria ou da rede elétrica. O resultado é
muito acima do que o obtido com materiais já utilizados pela indústria.
Atualmente, são feitos com o nitreto de gálio e índio (InGaN) nas telas de LED
e, mais recentemente, de compostos a base de irídio nas telas de OLEDs. 
Os autores do projeto que utiliza composto
químico para economizar a energia são José Antônio do Nascimento, Ana Karoline
Silva e Cameron Capeletti. (Daniell
Alves
é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy
Crysthian
)     

 

Veja Também