“A previsão é de que entreguemos todas as obras até o final do mandato”, diz Dolzonan

O secretário acredita que o boom nas obras municipais se deu somente após o prefeito de Goiânia reorganizar as contas e que esta quantidade de obras se deu como consequência deste período.

Postado em: 21-10-2019 às 11h15
Por: Aline Carleto
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O secretário acredita que o boom nas obras municipais se deu somente após o prefeito de Goiânia reorganizar as contas e que esta quantidade de obras se deu como consequência deste período.

Rhudy Christian

“A previsão é de que entreguemos todas as obras até o final do mandato”. Com vários empréstimos para manusear e com diversas obras para administrar, o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), Dolzonan Matos, disse em entrevista para O Hoje que está confiante em entregar todas as obras que estão sendo feitas durante a gestão do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB). 

O secretário acredita que o boom nas obras municipais se deu somente após o prefeito de Goiânia reorganizar as contas e que esta quantidade de obras se deu como consequência deste período. “Toda a equipe se concentrou em reorganizar a casa durante os dois primeiros anos da gestão”, que tinha um déficit mensal de R$ 31 milhões. Só a partir daí eles puderam fazer investimentos. 

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A prefeitura de Goiânia está realizando várias obras ao mesmo tempo. Foi proposital ou foi um movimento necessário? Foi uma consequência. A atual gestão pegou a prefeitura bastante endividada, com uma dívida superior à R$ 1 bilhão e com déficit mensal superior à R$ 31 milhões. Então toda a equipe do prefeito Iris Rezende se concentrou em reorganizar a casa durante os dois primeiros anos de gestão. 

Então, tivemos de assumir os compromissos do dia-a-dia e colocar a prefeitura em condições s de retomar as obras que estavam paradas, e também de licitar novas obras. Isto aconteceu a partir do momento em que as nossas finanças deram uma melhorada, até mesmo em termos de capacidade de pagamento. 

Então nós passamos de C para B, e vários agentes financeiros fizeram ofertas de recursos para a prefeitura e nós temos, hoje, uma capacidade de endividamento na ordem de R$ 4,5 bilhões. Mas o prefeito, prudentemente, assumiu um empréstimo junto ao Fenisa, que é um programa de financiamento para investimentos na área de infraestrutura e de financiamento, com repasses da Caixa Econômica Federal, de R$ 780 milhões. Este financiamento é destinado à realização de obras. 

Nós já tínhamos assinado, anteriormente, um empréstimo no valor de RS$ 115 milhões, dos quais R$ 80 milhões seriam utilizados para terminar as obras no BRT, R$ 10 milhões para terminar maternidade e outros R$ 25 milhões para o canal da marginal Cascavel. Com as nossas contas sanadas, a prefeitura teve condições de dar start nas obras e o prazo é bastante curto. A recomendação do prefeito é de que a gente não inicie uma obra sequer que não tenhamos condição de terminar.   

As obras devem ser concluídas até o final do mandato? A programação para entregar o BRT é para outubro de 2020, para entregar a Leste-Oeste, a previsão é para julho do ano que vem. Nós temos, também, 16 CMEIS, dos quais 14 estavam com obras inacabadas. São obras que nós tivemos que pleitear um novo orçamento, um novo levantamento e uma nova licitação, para que as obras fossem retomadas. A previsão é de que entreguemos todas as obras até o final do mandato.

Ainda estamos fazendo reformas em todos os prédios da prefeitura. Já fizemos reformas em mais de mil e cem unidades. Recuperamos alguns patrimônios históricos, como é o caso da estação ferroviária, a Praça Cívica o largo do Lyceu. Agora também estamos na recuperação do relógio da Avenida Goiás. 

Também temos uma parceria público-privada feita junto com a Casag, apenas para dar manutenção dos patrimônios. As obra em si são feitas com recursos do Iphan. No caso, a gente só faz a fiscalização destas obras, que terão as suas manutenções pela prefeitura de Goiânia. No caso do Coreto e da Praça do Relógio, a manutenção será feita pela Casag.

Como o senhor vê a correria da Câmara para aprovar os reajustes nos empréstimos já empenhados? Não vejo que deve atrapalhar no empenho dos recursos. Até mesmo em função da destinação de R$ 200 milhões, que R$ 50 milhões servirão para a compra de equipamentos para a Comurg e R$ 150 milhões em termo de Smart City, que estão tendo reajustes. 

Os restantes dos recursos, R$ 579 milhões serão destinados única e exclusivamente para as obras, sendo que a grande parte, que são R$ 400 milhões serão destinados para a recomposição de 630 km de asfalto em Goiânia. Os ajustes que estão sendo feitos são para estes R$ 200 milhões, Mas não afeta nos recursos para as obras. Nós vamos recapear a cidade e vamos substituir os asfaltos de 110 bairros. 

Já há um cronograma destes recapeamento? Já tem todos os bairros determinados e todos os trechos de ruas. Na realidade, serão 628 trechos  de ruas, porque tem trechos que estão em boa situação. Só aqueles que necessitam muito, terão a revitalização. A partir de dezembro nós devemos dar início a este serviço. 

Apesar do período chuvoso, nós não vamos ter problemas com o recapeamento durante o período, porque não vamos ter movimento de terra para recapear. Não teremos problemas. 

Quais serão os primeiros bairros?  São quatro lotes que serão licitados simultaneamente, porque um não interfere no outro. Se estou fazendo um recapeamento no Jardim Goiás, Setor Bueno, ou Jardim Guanabara, são bairros individualizados, que não afetam o outro. 

Esta é a segunda vez que a prefeitura entra com este projeto. Por que não funcionou anteriormente? Começou em 2015. Eu não gosto de comentar sobre gestões anteriores, mas não tiveram recursos para dar a contrapartida. Então, inúmeras obras foram paralisadas ou tocadas a um ritmo muito lento, como foi o caso do próprio BRT ou do corredor da avenida T-7. 

O corredor, que foi lançado em 2014 e a empresa aguentou, sustentou e realizou o prejuízo. Eles até mandaram uma carta para nós para informar que a obra estava dando prejuízo para eles. Só neste caso foi enviada uma carta para solicitar o rompimento contrato  de forma amigável, porque a obra estava dando prejuízo. 

Após toda esta questão as obras estão a todo vapor e inclusive já estamos realizando o calçamento em volta de toda a Praça Tamandaré.

Quanto aos outros corredores preferenciais. Quais serão as primeiras obras?  Inicialmente nós estamos publicando o edital para se realizar os projetos. São os corredores das avenidas 85, T-63, Independência, 24 de outubro e, possivelmente, da avenida T-9, que ainda não foi licitado. 

Na avenida T-63, que já foi feito, na realidade o que o pessoal pensa em um único sistema modal, que é o transporte urbano. Mas, neste projeto, abrange um outro serviço, que é o da calçada  acessível, a calçada sustentável, a troca dos abrigos de pontos de ônibus, a troca do asfalto e a questão semafórica. A avenida será refeita. Inclusive com um sistema semafórico que dá preferência ao transporte urbano. Será um semáforo que sempre vai ficar verde para o ônibus. 

O prefeito foi criticado por não dar sequência nas obras nas ciclovias. Serão retomadas estas obras? Com certeza. Inclusive estes corredores terão ciclovias à exemplo do que tem na avenida T-7. 

E também há esta previsão na Leste-Oeste, que nós conseguimos o empréstimo de R$ 128 milhões para fazer toda a avenida de Senador Canedo até divisa de Trindade. Uma das condições para a liberação do financiamento, foi de dar uma mobilidade para a avenida, inclusive, com a instalação das ciclovias. 

Pretendemos dar continuidade, e as primeiras será esta ciclovia na avenida Leste-Oeste. Inclusive haverá ciclofaixas e ciclorotas. Nós temos que facilitar o transporte urbano em termos de mobilidade. Pretendemos criar diversas ciclovias para trazer mobilidade para o município de Goiânia. 

 

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