Policial que atirou em atendente de motel segue preso, decide juiz

A audiência de custódia aconteceu nesta terça (19) e a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça – Foto: Reprodução.

Postado em: 19-11-2019 às 15h32
Por: Nielton Soares
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A audiência de custódia aconteceu nesta terça (19) e a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O policial suspeito de atirar em atendente de motel em Goiânia teve prisão convertida em preventiva, nesta terça-feira (19), em audiência de custódia presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcantara. 

O crime aconteceu na madrugada dessa segunda-feira (18), quando, segundo relatos, o PM acompanhado de duas pessoas entrou em um quarto de motel, ficou 20 minutos e ao sair, foi cobrado R$ 30 dele, que se recusou a pagar, alegando não ter ficado no quarto por muito tempo. 

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Ao G1, a delegada contou que a funcionária, após receber diversas agressões verbais do policial, chamou o proprietário do estabelecimento, que dormia em uma suíte. Esse tentou um dialogo com o acusado, diminuindo a quantia para R$ 15, com isso, Danilo teria efetuado o pagamento, mas continuou no local, xingando a atendente, nesse momento, o dono do motel fez um disparo para o chão com uma arma, no intuito de intimidá-lo. Mas, o policial afastou do carro e disparou, atingindo a recepcionista e, na sequência, fugiu do local. 

Ele foi localizado por meio das imagens das câmaras de vigilância, que pegaram a placa do carro. O policial foi encontrado em casa, no Setor Urias Magalhães, em Goiânia, e preso em flagrantes por tentativa de assassinato. Os policiais apreenderam também uma pistola 4.0, três carregadores e 43 munições.

O magistrado explicou que o convertimento do flagrante em preventiva teve como base inúmeros fatores, como os antecedentes criminais de lesão corporal e ameaça registrados em desfavor do acusado. Além disso, foi levado em conta, a responsabilidade do policial em garantir a segurança da sociedade. “Mesmo no período de folga, não pode sair por aí dando tiros usando, inclusive, arma da corporação”, opinou Alcantara.

Já a defensa do PM, ao G1, alegou que o cliente agiu em legítima defesa, não teve a intenção de machucar as pessoas e houve uma cobrança indevida de taxa no estabelecimento.

A Polícia Militar de Goiás (PM-GO) divulgou uma nota informando que foi instaurado um procedimento na Corregedoria da Polícia Militar para apurar os fatos. “A Instituição reitera seu compromisso com a verdade dos fatos e não compactua com qualquer desvio de conduta de seus integrantes”, afirmar o comunicado. 

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