Mais de 70 suspeitos de feminicídio e agressões são presos, em Goiás

PC-GO cumpriu também mandados de busca e apreensão. Ao todo, 73 homens são acusados de homicídios e violência; alguns são condenados e estavam foragidos – Foto: Divulgação/PC-GO.

Postado em: 27-11-2019 às 15h00
Por: Nielton Soares
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PC-GO cumpriu também mandados de busca e apreensão. Ao todo, 73 homens são acusados de homicídios e violência; alguns são condenados e estavam foragidos – Foto: Divulgação/PC-GO.

Nielton Soares

Uma operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) prendeu, nesta quarta-feira (27), 73 homens apontados como suspeitos de homicídios e agressões a mulheres em Goiás. Os policiais cumpriram ainda mandados de busca e apreensão e fiscalizaram medidas protetivas. As cidades identificadas com mais ocorrência de crimes foram Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Rio Verde e Formosa.

Dentre os detidos, foram identificados condenados por crimes cometidos há mais de dez anos e estavam foragidos da justiça. Além disso, as ocorrências de violência recente também estiveram na mira da ação, que foi batizada de ‘Marias’. 

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Segundo a polícia, a operação irá atuar até o fim da tarde desta quarta e teve início na última segunda-feira (25). 

Para o governado Ronaldo Caiado a punição aos agressores não podem se restringir a prisão. “Temos que buscar dar uma condição às mulheres agredidas uma continuidade de vida que não seja retornar para a casa do agressor”, comentou. 

Casos

Últimos dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) mostraram que em Goiás foram registrados 24 feminicídios, apenas neste ano. 

O acumulado de ocorrências, somente em uma das delegacias especializadas no atendimento às mulheres vítimas de violência da Capital, chega a mais de 10 mil registros abertas e cerca de 3 mil inquéritos foram realizados de janeiro deste ano para cá. 

Apoio às vítimas

Além de prender suspeitos e condenados por crimes contra mulheres, o governador Ronaldo Caiado falou das ações em possibilitar que as vítimas sejam capazes de dar o passo seguinte, desenvolvidas pela presidente do Grupo Técnico Social de Goiás, a primeira-dama Gracinha Caiado, e pela secretária de Desenvolvimento Social, Lúcia Vânia. “Temos que buscar uma condição de dar a elas uma continuidade de vida que não seja retornar para a casa do agressor ou, muitas vezes, ficar naquele ambiente que realmente ela não se sente segura”, disse Caiado. 

Estas ações fazem parte do Pacto Goiano Pelo Fim da Violência contra a Mulher, com destaque para a criação do aplicativo “Goiás Seguro”, que facilita o acionamento da Polícia Militar pelo celular diante de um caso de violência; e a Sala Lilás, inaugurada na última segunda-feira, 25/11. Localizado na Superintendência de Polícia Técnico-Científica, o local exclusivo é para o atendimento de mulheres vítimas de violência. 

Ainda no Pacto, foi determinado que todas as autoridades da Segurança Pública em Goiás – policiais civis e militares, agentes penitenciários e bombeiros – agora possuem a prerrogativa de algemar agressores e levá-los à delegacia mais próxima. No serviço público, nenhum cidadão envolvido em agressão à mulher será nomeado no Estado e o servidor público que cometer esse tipo de crime será exonerado.  

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