Paciente conta que teve infecção após cirurgia com médicos presos, em Goiás

Vítima relatou que foi atendida por médico acusado de reutilizar materiais cirúrgicos descartáveis, em Rio Verde – Foto: Reprodução/TV Anhanguera.

Postado em: 11-12-2019 às 18h12
Por: Nielton Soares
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Vítima relatou que foi atendida por médico acusado de reutilizar materiais cirúrgicos descartáveis, em Rio Verde – Foto: Reprodução/TV Anhanguera.

Nielton Soares

Mulher, que preferiu não se identificar, contou que após passar por cirurgia com um dos seis médicos presos teve infecção forte e demorou três vezes mais para se recuperar. Os profissionais foram apontados pelas Polícias Civil de Goiás e Paraná como suspeitos de reutilizar materiais descartáveis, em até 15 procedimentos. 

A paciente relatou à TV Anhanguera que realizou um procedimento cirúrgico em fevereiro deste ano, em Rio Verde, município localizado no Sudoeste do Estado. Segundo ela, a cirurgia demorou a recuperar e que acredita ter sido vítima dos materiais reutilizados. 

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A mulher relatou que sentiu muita febre e dificuldade em se alimentar. Ao buscar atendimento médico, se surpreendeu com o diagnóstico de infecção fortíssima. “Eu não pude retirar o cateter por conta da minha infecção. Eu posso ter sido uma das vítimas de ter utilizado um cateter que era descartável e foi utilizado mais de uma vez”, disse à emissora. 

Presos

A paciente afirmou que foi operada por Ronaldo de Almeida Sesconetto, detido juntamente com o urologista Camilo de Viterbo Idalino, em Rio Verde. Um terceiro acusado, não divulgado o nome, foi preso na capital. 

A defesa de Sesconetto, Julyanna Leão Cabral, e de Caminho, Edson Reis Pereira, alegam que os materiais eram lacrados e tinham selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), por comunicado, informou que aguarda que o caso seja esclarecido, mas que irá investigar a conduta dos profissionais.

 

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