Governo de Goiás libera captação e uso de água do Meia Ponte
Rio se recuperou e já tem vazão de 6 mil l/s; no período de estiagem, chegou ao mínimo de 1.500 l/s. Rodízio a cada 3 dias sem água em Goiânia foi cogitado, na época – Foto: Reprodução.
Por: Nielton Soares
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Nielton Soares
Com o início do período chuvoso, o Governo de Goiás revogou, nesta quinta-feira (12), a medida que restringia a captação e o uso da água em propriedades às margens da Bahia do Rio Meia Ponte.
Por hora, fica suspensa a Operação de Enfrentamento da Crise Hídrica em 2019 por parte do Governo de Goiás, porém a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) comunicou que a decisão não significa encerrar a mobilização para o uso responsável da água.
Segundo a secretária da Semad, Andréa Vulcanis, para o próximo ano já está sendo elaborado um planejamento. “Iniciamos as reuniões dos comitês das bacias, inclusive as que tiveram eleições recentemente, levantando ideias e estabelecendo cenários nas mais diversas regiões do Estado”, frisou.
Vulcanis relatou que com as chuvas, o rio tem se recuperado tendo “média da vazão se mantendo acima dos 6 mil l/s desde a semana passada”. Ela acrescenta que para a Bacia do Meia Ponte está sendo elaborado um projeto de recuperação, “bastante avançado, bem como estratégias de curto prazo”, pontuou.
Crise hídrica
A operação por parte do governo começou a partir da crise hídrica em Goiânia e na Região Metropolitana. O objetivo era manter a vazão do Rio Meia Ponte acima dos 2 mil l/s. E, assim, evitar que acontecesse o rodízio de água a cada três proposto pela Saneago e aprovado pela AGR, na época. Porém, o rio chegou ao mínimo de 1.500 l/s
Durante o período de estiagem, houve a decisão de restringe a captação e o uso da água pelas indústrias e pelos produtores rurais, que podia realizar a irrigação apenas no período noturno. Outros ações foram a abertura de barragens para ajudar no aumento do volume do rio.