Véspera de Natal aquece movimento em supermercados

Os produtos mais procurados nesse período, e que mais causam impacto na economia do setor, são as frutas

Postado em: 23-12-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Os produtos mais procurados nesse período, e que mais causam impacto na economia do setor, são as frutas

Igor Caldas

Supermercados de Goiás esperam um aumento de venda em até 7% em relação ao mesmo período do último ano. Os goianos já estão buscando os produtos da ceia de Natal e tradicionais festas de final de ano. Os produtos mais procurados nesse período, e que mais causam impacto na economia do setor, são as frutas. Ameixa, cereja, damasco, figo, abacaxi, nectarina, pêssego e uva. Apesar de estarem com o preço mais elevado este ano, as carnes também são muito buscadas. Entre elas, a de peru, peixes, bacalhau. Vinhos importados,  espumantes e laticínios também tiveram alta.

De acordo com o presidente da Associação Goiana de Supermercados (AGOS), Gilberto Soares, um dos fatores que ajuda a impactar as vendas do varejo é o pagamento do 13º salário, a quitação dos proventos de funcionários públicos e o saque do FGTS. “Esses elementos vão fazer com que a ceia deste ano seja mais farta”. Ele também revela que as vendas dos supermercados, a nível nacional, podem ter um crescimento de até 3,5% em relação último ano.

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Em relação ao preço, o presidente da AGOS afirma que houve uma retração de preços em alguns dos produtos que compõem a ceia, principalmente nas frutas. O motivo é a grande oferta desses produtos neste ano. “Praticamente não houve alta nos preços, foi quase o contrário. A redução aconteceu, principalmente nas frutas”. No entanto, ele revela que os preços podem sofrer uma alta nos últimos dias que antecedem o Natal.

Ainda segundo o presidente da AGOS, alguns registros de preços chamam a atenção. “A ameixa nacional tipo rubi mel que teve pouca oferta no ano passado, teve uma redução de 50% do preço em relação a 2018. O abacaxi e a uva niágara também tiveram pequeno abatimento nos preços”.

Eldi Martins Paixão já comprou quase todos os produtos da ceia de Natal. “Já estou nos finalmente. Agora, só faltam as coisas mais frescas. As carnes eu já vou começar a temperar hoje”. Todos os anos ela antecipa a ceia de natal em uma semana. “Eu faço o jantar lá em casa um domingo antes do dia 25. Meus filhos são casados e cada um participa na casa da família das esposas”.

Há 18 anos, ela não abre mão de chamar toda família para o evento em sua casa. “Eu digo que é a extensão da minha família porque quando nossos filhos casam, a família deles também se torna a nossa”. Eldi explica que deixa para comprar apenas os produtos mais requintados em verdurões e hortifrutis especializados. “O básico eu já comprei no supermercado, mas as coisas mais delicadas eu deixo para adquirir aqui porque sei que os produtos são mais selecionados. Vale à pena pagar um pouco mais caro pela qualidade”.

Apesar de fazer a ceia antes do feriado do Natal, Eldi afirma que a importância da comunhão presente na festa é a mesma. “Antes, o Natal era na minha casa. Depois que eu me divorciei e meus filhos casaram, arranjei um jeito de manter a tradição. É muito importante comemorar o aniversário de Jesus. Foi ele que instituiu a família que é a base social do mundo. Se a gente não cultiva isso, não vai restar mais nada”.

Fernanda Pereira é proprietária de uma empresa de representação comercial. Todos os anos ela realiza uma confraternização para os funcionários em sua casa. Este ano, ela vai fazer um festival de fondue. As frutas usadas serão as mesmas que compõem a tradicional ceia de Natal. “Todo ano a gente tenta variar na comida, mas a tradição do amigo secreto sempre acontece”. Ela afirma que nenhum dos seus nove colaboradores saem de mãos vazias. “Acho muito importante que no final do ano a gente valorize quem ajuda a construir a empresa todos os dias”.

Procon constata aumento em itens da ceia 

O Procon de Goiânia realizou uma pesquisa de preços dos produtos que compõem a ceia de Natal entre os dias 4 e 13 de dezembro. Depois da comparação dos produtos entre as pesquisas realizadas neste ano e no ano passado, constatou-se, em média, uma alta de 108% no preço em comparação com o mesmo período do último ano. Os produtos que tiveram alta foram: bacalhau (180%), chester (33%), lombo de porco (66%), pernil (63%) e o peru (32%).

O levantamento foi feito em nove supermercados da Capital com objetivo de estimular o consumidor a procurar o menor preço e engordar o jantar do feriado cristão. Foram examinados 26 itens de marcas distintas de aves natalinas, bacalhau, pernil, peru, tender, panetones, ameixa, nectarina, avelã, uva, pêssego, nozes e outros produtos tradicionais nas festas de final de ano.

Em comparação no preço cobrado por peso em alguns produtos, como as aves servidas na ceia, a diferença chega a menos de 3,19%. Segundo a pesquisa, o valor por quilo do chester ficou entre R$ 15,98 e R$ 21,79 nos estabelecimentos examinados. Já o valor do quilo do peru pode ser encontrado de R$ 18,48 a R$ 20,49. Uma variação de 4,38%.

Frutas

A maior variação encontrada na análise de preço das frutas frescas foi no quilo da ameixa nacional. O menor preço do produto foi de R$ 3,32 e o maior R$ 12,90. Uma oscilação de preço de 228%. As castanhas tiveram uma elevação de 246%. O quilo das nozes pode sofrer variação de R$ 6,99 até R$ 18,32. A castanha do Pará pode ser encontrada de R$ 7,18 a R$ 24,90. As uvas passas alta de 110,91%. O menor preço do quilo foi de R$ 4,40 até R$ 9,28. A variante de preços chega a 169% nos panetones.

O Procon Goiânia alerta que o consumidor deve efetuar uma pesquisa de preço criteriosa e avaliar sempre a relação entre preço e qualidade. Também deve ter atenção às informações contidas nos rótulos, como peso, data de fabricação, prazo de validade e condições de conservação. O custo benefício do deslocamento deve ser sempre levado em consideração, no caso de estabelecimentos que estão apresentando produtos mais baratos que o da sua região.

Recomenda-se o planejamento do cardápio, listando os alimentos, bebidas e ingredientes para o preparo. Esse planejamento ajuda a evitar compras desnecessárias e por impulso. As promoções anunciadas pelos estabelecimentos comerciais devem ser cumpridas. Por isso, o Procon aconselha guardar os folhetos e anúncios publicitários que comprovem as ofertas. (Especial para O Hoje) 

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