Prefeitura de Goiânia assina contrato com a Caixa para asfaltar bairros

O aporte também será usado nas obras em andamento e na compra de maquinário e de caminhões de limpeza

Postado em: 24-12-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O aporte também será usado nas obras em andamento e na compra de maquinário e de caminhões de limpeza

Igor Caldas e Samuel Straioto

A Prefeitura de Goiânia assinou um contrato com a Caixa Econômica Federal para ratificar o empréstimo de R$ 780 milhões a serem usados na reconstituição asfáltica de mais de 600 km da Capital. Além disso, o aporte será usado nas obras em andamento e na compra de maquinário e de caminhões de limpeza urbana. O projeto começou no início da gestão passada e será feito por etapas em 31 bairros da Capital. As empresas responsáveis pelo serviço já foram escolhidas. 

A Engefort Construtora e Empreendimentos Ltda e Construservice Empreendimentos e Construções Ltda venceram o processo licitatório da Prefeitura de Goiânia para a reconstrução de 630 km de ruas e avenidas e trechos de vias da Capital. Orçada em R$ 400 milhões, incluindo a supervisão e sinalização das vias, a obra é separada em quatro partes, que correspondem a todas as regiões da Capital.

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De acordo com o edital, a empresa vencedora da licitação terá um prazo de até dois anos para execução do trabalho, por lote, e deverá começar a execução em até 72h, após a emissão da ordem de serviço. Enquanto a Engefort foi incumbida de reconstruir a pavimentação asfáltica dos bairros da Região Sul, a Contruservice Empreendimentos e Construções Ltda responderá pela reconstrução asfáltica dos bairros das outras Regiões.

Um dos bairros que deverão sofrer a reconstituição asfáltica deve ser o Recanto das Minas Gerais. Na Avenida das Esmeraldas, uma das principais vias do bairro, os buracos chegam a ter quase um metro de diâmetro. Os condutores de veículos já estão acostumados a realizarem desvios para não danificarem os carros. Um motorista que não quis se identificar estava em frente a um dos buracos da Avenida das Esmeraldas. A cratera ocupava praticamente toda via. “Aqui no bairro está tudo assim, tem buraco de todo tamanho”.

Segundo o titular da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, Dolzonan da Cunha Mattos, após a homologação e certificação do contrato, as ordens de serviços devem ser assinadas. As empresas devem começar a executar os trabalhos até o início de fevereiro. “Tão logo os contratos sejam certificados, vamos assinar a ordem de serviço para que as empresas comecem logo a trabalhar, porque muito da pavimentação asfáltica da nossa Capital já não suporta mais os remendos com operação tapa-buracos e com isso teremos uma nova malha viária, com muito mais segurança para os usuários”, explica o secretário.

Seinfra tapou mais de 500 buracos por dia em novembro 

A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) tapou quase 500 buracos no asfalto por dia no mês de novembro. Foram em média 469 buracos tapados diariamente por 15 equipes que trabalham na manutenção das ruas e limpeza das redes de drenagem da Capital. Apenas na manutenção das vias públicas, com a operação tapa-buraco, são mais de 4,2 mil operações executadas por ano. Isso garante que todos os bairros sejam atendidos mais de uma vez por mês.

A operação tapou 14.049 buracos (469 buracos por dia) no último mês. Para cumprir a execução do trabalho, foram usadas 88 toneladas por dia de CBUQ. O preço por tonelada corresponde a R$ 279,99. Dessa forma, foram gastos em média R$ 25 mil por dia de operação se for considerado apenas o material utilizado. Em todo mês de novembro foram gastos aproximadamente R$750 mil com CBUQ.

Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Goiânia, Dolzonan da Cunha Mattos, a operação é prejudicada por falta de fornecimento de massa asfáltica pelas empresas vencedoras da concorrência pública. Elas reduziram muito o preço para ganhar a licitação e não conseguiram entregar o produto de acordo com a necessidade e urgência que o serviço pede.

Usina de asfalto

No entanto, Dolzonan explica que, com o início da operação da nova usina de asfalto, a prefeitura será auto-suficiente para produzir a toda massa asfáltica que a Capital necessita. Dessa forma, vai ganhar maior agilidade na execução dos serviços de tapa-buracos. “Já estamos com quase tudo preparado e queremos iniciar o próximo ano com a usina funcionando a todo vapor, nos livrando da dependência de fornecedores que não conseguem cumprir o contrato e acabam prejudicando o serviço”, afirma.

Dolzonan afirma que a falta de regularidade de massa asfáltica pelo fornecedor da prefeitura foi comprometedora. “No mês de outubro, a empresa ficou sem fornecer o material durante 17 dias. No mês de novembro, ficamos 15 dias sem receber massa asfáltica”. O secretário ainda afirma que em algumas ocasiões, os caminhões da prefeitura que foram fazer a viagem para trazer o material voltaram vazios.

Ele reitera que a solução definitiva será com a instalação da nova usina de massa asfáltica que está praticamente concluída. A antiga foi reformada e está em produção. Com a conclusão da instalação, o secretário afirma os buracos nas vias de Goiânia estão com os dias contados. “Assim que a usina nova for instalada, vamos resolver esse problema que nos afeta no dia a dia”, destaca. 

Dolzonan ainda disse que o contrato com a empresa que fornece o material para a administração pública atualmente será rescindido. “Já notificamos a empresa atual e faremos uma nova licitação emergencial para contratação de outra. Precisamos de uma alternativa para o fornecimento de massa asfáltica, caso falte energia nas nossas usinas”. Ele ainda afirma que as equipes da Seinfra estão trabalhando de domingo a domingo na operação tapa-buracos e de limpeza da drenagem das vias.

Ainda de acordo com o titular da Seinfra, a prefeitura necessita em torno de 300 a 400 toneladas de massa asfáltica por dia, mas a empresa fornecedora tem garantido apenas 30% desse volume. “As vias acabam ficando cheia de buracos, mas a Prefeitura tem feito o possível, dentro da capacidade de produção e dentro do que temos recebido de massa asfáltica”.  (Especial para O Hoje) 

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