Maioria desiste de falar sobre política no WhatsApp, aponta pesquisa

Do total de entrevistados, 51% disseram não comentar ou compartilhar assuntos que geram discussões com familiares e amigos – Foto: Reprodução.

Postado em: 24-12-2019 às 15h35
Por: Nielton Soares
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Do total de entrevistados, 51% disseram não comentar ou compartilhar assuntos que geram discussões com familiares e amigos – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Uma pesquisa constatou que mais da metade dos brasileiros que participam de grupos de WhasApp, 51%, deixaram de fazer qualquer menção a política. Além disso, se evitou fazer comentários e compartilhamento para evitar brigas com familiares ou amigos. 

A autocensura foi apontada pelo Datafolha, indicando que o percentual maior está no grupo de funcionários públicos, que chegam aos 61% e daqueles com ensino superior (59%). Já as donas de casa abandonaram o assunto para evitar desentendimentos domiciliar.

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No total, um em cada quatro saiu de algum grupo da rede social para evitar as discussões, isso representa 27%, outros 19% bloquearam ou deixaram de seguir um amigo, familiar ou empresas contrárias às posições políticas delas. 

A pesquisa ouviu 2.948 pessoas entre os dias 5 e 6 deste mês, em 176 municípios pelo Brasil. As respostas são referentes aos comportamentos dos entrevistados no último ano, de dezembro do ano passado para este. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. 

Como os brasileiros veem as redes sociais 

Para 77% dos entrevistados, as redes sociais auxiliam os grupos a terem voz por um meio de comunicação. Essa percepção é maior dentre os ricos, que representam 80% daqueles que ganham mais de dez salários. Dentre os jovens, de 16 a 24 anos, são 86%. Os de ensino superior chegam a ser 90%. Os demais: 64% têm ensino fundamento e 62% com 60 anos ou mais. 

Em relação ao papel político, para 54% é um meio importante para que políticos estejam atentos à opinião do eleitorado. Já 48% acreditam ser importante par criar discussões sociais; 43% disseram ajudar a influenciar o debate político. Nesse quesito, o índice sobe para 53% para aqueles que se identificam com o Partido Social Liberal (PSL), que era a legenda do presidente Jair Bolsonaro. 

 

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