Acusado de torturar e matar menina de 6 anos vai a júri popular, em Planaltina

O homem é suspeito ainda de espancar mais outras três crianças, irmãos dela. O autor era companheiro da tia, que possui a guarda – Foto: Reprodução.

Postado em: 03-03-2020 às 18h15
Por: Nielton Soares
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O homem é suspeito ainda de espancar mais outras três crianças, irmãos dela. O autor era companheiro da tia, que possui a guarda – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O acusado de torturar e matar uma menina de 6 anos será julgado por júri popular, em Planaltina de Goiás, a 259 quilômetros de Goiânia. A decisão foi do juiz Carlos Gustavo de Morais, da 1ª Vara Criminal da cidade. A investigação aponta que o homem, Bruno Diocleciano da Silva, ainda espancou outras três crianças no ano passado. 

O vizinho do autor, Manoel Lopes, contou à polícia, na época, que ouviu o choro das crianças e foi na residência e quis saber se ele tinha batido nas crianças, ouvindo como respostas: “que eles faziam por merecer”.

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Morais nega as acusações e acusou a companheira como a autora das agressões. Por outro lado, o magistrado afirma que os indícios são suficientes para acusar o homem pelo crime, baseando-se em depoimentos de testemunhas e do próprio registro do Conselho Tutelar sobre o caso. 

Já a defesa alegou que o crime ocorreu por maus-tratos, resultado em morte, porém, isso não foi acatado pelo juiz. 

Relembre 

O homem, então com 20 anos, era companheiro da tia das crianças, que tinha 17 anos. O casal tinha a guardar da menina e de três irmãos, porque os pais deles estavam presos. O crime aconteceu em maio de 2019. Mas, antes disso, os vizinhos contaram que as crianças sofriam maus-tratos, sendo deixadas sozinhas em casa, tendo que fugir para pedir alimentos. 

No dia do crime, a criança teria levado chutes na cabeça e no tórax. Testemunhas contaram que ela reclamava de dores, porém, o autor não a levou para o hospital, temendo ser preso. O Conselho Tutelar foi chamado por vizinhos, mas foram impedidos de entrar na casa. Pela manhã, a menina acordou engasgando, quando o acusado resolveu acionar o Corpo de Bombeiro, mas ela foi a óbito, antes do socorro. Já o caso da tia das crianças tramita em sigilo. 

 

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