Comerciantes não atenderam Governo e irão manter lojas abertas na 44

Lojistas devem se reunir na noite desta segunda-feira (16) com Caiado. Ao Hoje, eles anteciparam que só vão acatar a decisão se for feito de forma coletiva, incluindo os grandes shoppings da Capital - Foto: Wesley Costa.

Postado em: 16-03-2020 às 17h45
Por: Nielton Soares
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Lojistas devem se reunir na noite desta segunda-feira (16) com Caiado. Ao Hoje, eles anteciparam que só vão acatar a decisão se for feito de forma coletiva, incluindo os grandes shoppings da Capital - Foto: Wesley Costa.

Daniell Alves

Os comerciantes da Região da 44, em Goiânia, não vão cumprir a determinação do Estado de fechar as lojas do local. O governador Ronaldo Caiado determinou o fechamento delas nesta segunda-feira (16) para evitar a contaminação do coronavírus durante 15 dias. No entanto, em reunião feita pelos empresários da 44 ficou decidido que os comerciantes vão aguardar mais um período para, talvez, acatar a determinação. 

De acordo com o diretor de comunicação da Associação Empresarial da Região da 44 (ERA-44), Lauro Naves, é preciso que haja uma participação de todos os setores do comércio em Goiás. “Não adianta fechar a 44, por exemplo, e não fechar um grande shopping de Goiânia. Nós somos a favor de contribuir com o Estado, mas precisamos que isso seja feito no coletivo”, explicou ao O Hoje. 

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A reunião também estabeleceu que os comerciantes da 44 irão adotar medidas para prevenir o Covid-19 no local, como o uso do álcool em gel, papel toalha e higienização. “Vamos aguardar mais um período para termos uma clareza maior com relação aos impactos disso [da doença]”, destaca.

Aglomerações

O Estado tem adotado medidas para impedir a aglomeração de pessoas, assim como aconteceu com a suspensão das aulas na rede de ensino. Até o último domingo (15), foram confirmados quatro casos do coronavírus em Goiás pela Secretaria de Saúde (SES-GO). Segundo o presidente da AER-44, Jairo Gomes, as lojas da 44 faturam, em média, R$ 580 milhões por mês. Caso as lojas sejam fechadas, o prejuízo poderia chegar a R$ 285 milhões.  

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