Hidroxicloroquina é ineficaz contra Covid-19, indica estudo dos EUA

Medicamento não apresentou eficácia em tratamentos de pacientes infectados por coronavírus| Foto: Divulgação

Postado em: 22-04-2020 às 11h30
Por: Redação
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Medicamento não apresentou eficácia em tratamentos de pacientes infectados por coronavírus| Foto: Divulgação

Da Redação*

A hidroxicloroquina, um medicamento utilizado contra a malária e amplamente promovido como uma possível cura para a Covid-19, não mostrou eficácia contra a doença sobre o tratamento padrão e esteve de fato associado a mais mortes, segundo os resultados divulgados, nessa terça-feira (21), do maior estudo desse tipo já relatado.

A análise do governo dos Estados Unidos sobre tratamentos com o remédio em militares veteranos do país foi publicada no site do New England Journal of Medicine, e ainda não foi revisada por outros pesquisadores. Os cientistas analisaram os registros médicos de 368 veteranos hospitalizados em todo o país que morreram ou receberam alta até 11 de abril.

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Esse experimento teve várias limitações importantes, mas aumenta um conjunto crescente de dúvidas sobre a eficácia desse medicamento, que tem o presidente Donald Trump e o canal Fox News entre seus principais patrocinadores.

As taxas de mortalidade dos pacientes que receberam hidroxicloroquina foram de 28%, em comparação aos 22% dos tratados com a droga combinada com o antibiótico azitromicina, uma solução divulgada pelo cientista francês Didier Raoult, cujo estudo sobre o assunto em março levou a um aumento do interesse mundial pelo medicamento. A taxa de mortalidade para aqueles que receberam apenas atendimento padrão foi de 11%.

A hidroxicloroquina, com ou sem azitromicina, era mais provável de ser prescrita para pacientes com condições mais graves, mas os autores do estudo descobriram que o aumento da mortalidade persistia mesmo após o ajuste estatístico das taxas de uso.

Pesquisas anteriores descobriram que a droga é arriscada para pacientes com certos problemas de arritmia e pode causar desmaios, convulsões ou, às vezes, parada cardíaca neste grupo de pacientes.

*Com informações do Estadão Conteúdo 

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