Governo do DF manda desmontar acampamento pró-Bolsonaro na Esplanada

Dois pontos foram demolidos, um pertencente ao movimento “300 do Brasil”, que já havia se manifestado na frente do STF com tochas – Foto: Internet.

Postado em: 13-06-2020 às 13h30
Por: Nielton Soares
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Dois pontos foram demolidos, um pertencente ao movimento “300 do Brasil”, que já havia se manifestado na frente do STF com tochas – Foto: Internet.

Nielton Soares

O Governo do Distrito Federal
determinou a retirada de um acampamento pró-governo Bolsonaro da Esplanada dos
Ministério, em Brasília. Aos menos dois pontos, que eram abrigados por pouco
menos de 50 apoiadores, foram demolidos, no início da manhã deste sábado (13),
por volta das 6 horas.

Os locais eram ocupados por
barracas e tendas. Os ocupantes estavam vestidos de verde e amarelo e portavam
bandeiras do Brasil. Para dispersá-los, a Polícia Militar do Distrito Federal
(PM-DF) usou gás de pimenta.

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Um dos ‘acampamentos’ desmontado
era ligado ao chamado movimento “300 do Brasil”, da ativista Sara Winter, e
estava montado ao lado do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Outro,
ligado aos ruralistas, estava montado próximo ao Ministério da Agricultura.

Durante a operação, que contou
com trabalho conjunto de policiais, bombeiros e profissionais da secretaria DF Legal,
os apoiadores de Bolsonaro criticaram e chamaram de ditatorial a ação, xingando
o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e o Supremo Tribunal Federal (STF) e o
Congresso Nacional.

O Ministério Público do Distrito
Federal (MP-DF) já havia pedido o desmanche dos acampamentos, por meio de uma ação
civil pública do dia 13 de maio, que argumentava que, diante da pandemia de Covid-19
e do reconhecimento do estado de calamidade pública, seria necessário tornar
efetivo o distanciamento social.

“300 do Brasil”

A coordenadora do movimento “300
do Brasil”, Winter utilizou do perfil das redes sociais para se manifestar. “Tudo
tomado à força! A Militância bolsonarista foi destruída hoje. Presidente, Reaja”,
escreveu no Twitter.

Esse mesmo grupo da ativista fez
uma manifestação com tochas diante do Supremo, no dia 31 de maio, cujos participantes
gritaram palavras de ordem contra o ministro Alexandre de Moraes e a Corte:
“Viemos cobrar, o STF não vai nos calar” e “Careca togado, Alexandre
descarado”.

Sara Winter é um dos alvos de
operação da Polícia Federal (PF), sob coordenação do ministro do STF Alexandre
de Moraes, que investiga o disparo de ataques à Suprema Corte.

 

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