Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Empresários e trabalhadores protestam retomada turística em Pirenópolis

Manifestantes criticam o prefeito João do Léo (DEM), que teria anunciado o retorno das atividades mas voltou atrás na última semana - Foto: Divulgação

Postado em: 15-06-2020 às 14h30
Por: Redação
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Manifestantes criticam o prefeito João do Léo (DEM), que teria anunciado o retorno das atividades mas voltou atrás na última semana - Foto: Divulgação

Marcella Vitória 

Os trabalhadores de Pirenópolis realizam na porta da prefeitura, na manhã desta segunda-feira (15), uma manifestação para a retomada de turismo na cidade. Cerca de 400 empresários, funcionários e donos de bares, restaurantes, pousadas e hotéis criticam a posição do prefeito João do Léo (DEM), que teria anunciado o retorno das atividades, mas voltou atrás na última semana. 

Com medidas restritivas adotadas, a cidade manteve baixo número de infectados, registrando somente 5 casos confirmados da Covid-19 até agora. De acordo com Patricia Ribeiro, dona de uma distribuidora de bebidas da região, as vendas diminuíram sem a presença dos turistas e o lucro está suprindo apenas no pagamento das contas básicas. 

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Segundo Patrícia, a Prefeitura recomendou que os empresários fizessem um curso e comprassem equipamentos de proteção individual (EPIs) para uma retomada com segurança. Além disso, a reabertura de bares e restaurantes seria autorizada a partir desta terça-feira (16). Hotéis, pousadas e hostels seriam permitidos a partir do dia 1º de julho.

Porém, na última semana, João do Léo teria voltado atrás e informado que não há data prevista para a retomada. “Precisamos de uma resposta. A palavra do prefeito não vale de nada. Ele diz uma coisa, os empresários se preparam e ele informa que não vai abrir mais. Isso é um absurdo”, disse a comerciante. 

Outro fato que causa revolta na empresária é que outras atividades comerciais já foram autorizadas na cidade, como por exemplo, a entrada de parentes de 1º e 2º grau de moradores do município. “Por que uns podem e outros não? Nossa economia precisa girar e o turismo é o principal responsável por isso”, questiona. 

Buscando uma resposta

Proprietário de uma pousada há dois anos, Carlos Lira alega que os manifestantes pedem apenas o direito de trabalhar. Ele está há cerca de 85 dias com o estabelecimento completamente fechado, estimando um prejuízo mensal entre R$ 6 e 7 mil. 

“A atividade turística é essencial para nosso município. Ela é responsável por cerca de 70-89% da arrecadação. Três mil pessoas vão ficar desempregadas, a economia vai parar. Não queremos mortes, só queremos trabalhar seguindo as normas, assim como o prefeito havia anunciado anteriormente”, afirmou.

Carlos diz que o prefeito João do Léo não quis conversar com os manifestantes na porta da Prefeitura. Apesar disso, o gestor autorizou a entrada de cinco membros do protesto para uma reunião em seu gabinete. “Pedimos deixa entrar uma pessoa para gravar a conversa, mas ele não deixou. É uma reunião fechada e sem qualquer transparência”, criticou.  

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