Mulher de preso é morta com mais de dez tiros, em Goiânia
Pai da jovem foi morto em 2018 quando tentou defendê-la de uma execução. O esposo da vítima, Lucas Raphael, de 26 anos, é líder de uma facção criminosa - Foto: Reprodução
Por: Redação
Marcella Vitória
Uma jovem de 25 anos, identificada como Larissa de Sousa Primo, foi morta com mais de dez tiros, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ela foi abordada enquanto estava numa viagem em um carro de transporte por app, retirada de dentro dele e alvejada. O crime aconteceu na última sexta-feira (19), no Jardim Primavera.
A família da vítima informou que Larissa teria saído para buscar uma moto e R$ 400 após receber uma ligação do marido, que cumpre pena em regime fechado. De acordo com a corporação, o esposo dela, Lucas Raphael Dionísio Bento, 26, é líder de uma facção criminosa e, em 2018, mandou três homens executarem a jovem porque “ela sabia de mais sobre sua vida criminosa”. Ela foi baleada enquanto amamentava o filho, mas sobreviveu. O pai que tentou defendê-la foi atingido nas costas e morreu.
A delegada responsável pelo caso, Marcella Orçaí, informou que ainda é prematuro passar informações sobre a apuração, inclusive, sobre a possível participação do marido dela. O que pode ser passado, é que a vítima foi tirada de dentro do carro e executada com disparos de uma arma calibre 380.
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) disse que aguarda a notificação oficial sobre o fato das autoridades policiais competente para dar prosseguimento as medidas cabíveis que o caso requer. Testemunhas informaram que o veículo foi abordado por três indivíduos em um Ford Fiesta preto e teriam roubado o celular do motorista de app, que fugiu do local.
O condutor deve ser ouvido ainda nesta segunda-feira (22). Ele voltou em seguida e disse à polícia que a jovem afirmou a ele que estava indo buscar a moto e o dinheiro.
Morte do pai
Antônio Pinto Primo, pai de Larissa, foi morto em novembro de 2018, no Residencial Itaipu, em Aparecida de Goiânia. Ordenados por Lucas Raphael, três homens invadiram a casa para executá-la. Antônio tentou defender a filha mas foi alvejado nas costas e acabou morrendo. O trio foi detido dias após o crime.
Na ocasião, o delegado responsável pelo caso disse que os presos confessaram ter sido ordenados por Lucas. Segundo os três executores, o motivo do crime foi porque a mulher do Lucas tinha informações relativas ao tráfico de drogas e não tinha mais interesse em ficar com ele. Diante disso, ele demandou a execução como uma queima de arquivo. Inclusive, eles poderiam até matar a criança.
