Empresas que fraudavam ICMS são alvos da PC-GO e de fiscais, em Inhuma e Anápolis

Três empreendimentos pertenciam ao mesmo grupo, incluindo um escritório de contabilidade, que faziam manobras para emitir notas fiscais – Foto: Reprodução.

Postado em: 23-06-2020 às 18h15
Por: Nielton Soares
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Três empreendimentos pertenciam ao mesmo grupo, incluindo um escritório de contabilidade, que faziam manobras para emitir notas fiscais – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO)
e a Secretaria Estadual de Economia deflagraram, nesta terça-feira (23), a
operação “Lisura”, que tiveram como alvos duas empresas do ramo alimentício e
um escritório de contabilidade, localizadas em Inhumas e Anápolis.

O grupo é suspeito de fraudar o
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o enquadramento no
regime do Simples Nacional. A investigação revelou que os três empreendimentos
pertenciam a um mesmo grupo e utilizavam empresas registradas em nome de
terceiros (laranjas) com objetivo de sonegar ICMS.

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A operação, integrada com a
Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT),
cumpriu seis mandados de busca e apreensão. De acordo com a PC-GO, os
investigados transferiram fraudulentamente uma empresa de fachada para o nome
de uma mulher em Goiânia e utilizavam esse CNPJ para a emissão das notas
fiscais das empresas verdadeiras do grupo a fim de sonegar impostos.

Ao analisarem os documentos, os fiscais
estaduais apuraram que um dos motivos da fraude seria, além de sonegar, evitar
a exclusão da empresa do Simples Nacional, já que o teto de faturamento para se
enquadrar no regime diferenciado é de R$ 4,8 milhões por ano. “Identificamos,
preliminarmente, que em dois anos e meio as empresas movimentaram cerca de R$
30 milhões, e nem 30% disso foi declarado”, explicou o delegado Gerson Segundo,
titular da Delegacia Fiscal de Goiânia e Região Metropolitana.

Durante a ação, foram apreendidos
documentos e realizadas cópias do banco de dados, além de identificadas outras
empresas que podem estar ligadas ao mesmo grupo. Na parte fiscal, os auditores
irão analisar as relações financeiras e fiscais para identificar os tipos de
fraudes cometidos, a interligação das pessoas jurídicas e determinar a multa. (Com
informações da assessoria de imprensa)

 

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