Fiscalização Estadual flagra desmatamento em Cavalcante

Serão fiscalizadas atividades de mineração sem licença e desmatamento - Foto: Governo do Estado

Postado em: 24-06-2020 às 14h05
Por: Redação
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Serão fiscalizadas atividades de mineração sem licença e desmatamento - Foto: Governo do Estado

Igor Afonso

Uma operação do governo de Goiás foi montada para combater o
desmatamento ilegal de áreas nativas de Cerrado em Cavalcante, na região da
Chapada dos Veadeiros. São 24 alvos de desmatamento sendo fiscalizados na
região, num total de 2.500 hectares, além de atividades de mineração sem
licença.

A fiscalização da área ambiental com apoio das forças
policiais começou na última segunda-feira (22). Segundo a gestão estadual, os fiscais
da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), chegaram
em uma das áreas, enquanto um funcionário realizava a chamada “limpeza” da
vegetação com um trator de esteira, na segunda-feira.

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O maquinário pesado foi apreendido e a autoria da infração é
do prefeito de Cavalcante, Josemar Saraiva Freire. Está sendo apurado a que título
a autoridade ocupa a área já que naquela região a imensa maioria das terras é
de propriedade do Estado de Goiás.

Robson Disarz, superintendente de Proteção Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável, que coordena as atividades, a operação foi
desencadeada por análise de alertas e desmatamento oriundas de imagens
processadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e também por
denúncias, com suporte do serviço de inteligência da Semad.

“Constatamos pontos de desmatamento recentes e recebemos
denúncias de que ações ilegais estariam acontecendo. Nossa pronta ação conteve
danos maiores”, afirma. “Estamos preparando as autuações para todos os
ilícitos”, completa.

A secretária Andréa Vulcanis lembra o desmatamento flagrado
no início do mês na mesma região, que teve repercussão nacional por se tratar
de áreas virgens na comunidade quilombola kalunga. “Em pleno Dia Mundial do
Meio Ambiente deflagramos uma operação contra a destruição e, menos de 20 dias
depois, vimos a insistência em destruir o meio ambiente goiano, numa área inclusive
que está sendo estudada para a criação de um Parque Estadual”, finaliza. 

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