Obra de revitalização do Cais Cândida de Moraes está há cerca de três meses atrasada

A obra de cerca de R$ 477 mil estava prevista para ser entregue em março, mas sofreu novo atraso| Foto: Wesley Costa

Postado em: 03-07-2020 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A obra de cerca de R$ 477 mil estava prevista para ser entregue em março, mas sofreu novo atraso| Foto: Wesley Costa

Pedro Moura

Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Cândida de Morais está há cerca de três meses atrasada. Iniciada em outubro do ano passado, a entrega da obra foi ampliada e agora está prevista para agosto. A obra de cerca de R$ 477 mil, visa atender toda a Região Noroeste da Capital. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 70% da obra está concluída.

Ainda de acordo com a SMS, a empresa Murano Empreendimentos, que está realizando a reforma, reduziu o número de funcionários na obra. “A empresa alega dificuldade na aquisição de materiais, devido a pandemia do Coronavírus”, disse. A SMS explicou que a obra não está paralisada, mas segue em ritmo lento, devido à dificuldade de obter medições (fiscalização do que já foi feito). “A empresa recebeu a primeira medição nesta segunda-feira (29), tendo duas medições em aberto devido à dificuldade na entrega de documentação e questões orçamentárias internas”.

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A reforma geral conta com troca de revestimentos de piso por granito e ampliação do número de banheiros. Incluindo banheiros acessíveis, criação de posto para Guarda Civil Metropolitana (GCM) na recepção, readequação do layout da unidade, incluindo revitalização da fachada, reparos na cobertura, troca das instalações elétricas e hidrossanitárias. 

Manifestações

Durante a obra de reforma e ampliação do Cais Cândida de Morais, executada inicialmente pela Seinfra, o atendimento de urgência e emergência à população foi redirecionado para outras unidades como o Cais Finsocial, Centros Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Urias Magalhães, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Noroeste e Cais Bairro Goiá.

Dias antes do início das obras pacientes e funcionários realizaram uma manifestação contra o fechamento do Cais. Na ocasião, os usuários da unidade disseram que a farmácia do local já havia sido fechada, mesmo antes da reforma. Os pacientes explicaram que tinham medo que Cais não fosse mais aberto. Alegando também que havia pacientes da unidade que não conseguiriam buscar outras unidades de saúde, devido a questões financeiras.

No começo de junho outra manifestação realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (SindSaúde) ocorreu em favor da reabertura do Cais. Representantes do Sindicato disseram que estavam com os serviços de atendimento e triagem interrompidos há mais de oito meses, devido a reforma. “A obra tinha previsão, de conclusão em dois meses, mas está parada diante do descaso das autoridades municipais”, a entidade na época.

O Presidente do SindSaúde, Ricardo Manzi, explicou que o Coronavírus agravou a situação de trabalho profissionais da saúde e intensificou a procura da população pelos serviços públicos de saúde, que já eram deficientes, gerando o sucateamento das unidades de saúde e fechamento dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). “A problemática da saúde se arrasta nos âmbitos estadual e municipal.

Cais Jardim Guanabara III

Outro Cais que está passando por reforma é o Cais Jardim Guanabara III. No fim de fevereiro, o prefeito Iris Rezende (MDB) e a secretária de saúde de Goiânia, Fátima Mrué, assinam uma ordem de serviço para reformar e ampliar o imóvel. Com as obras, o Cais será transformado em Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A obra de reforma e ampliação para a futura UPA Guanabara, na região Norte de Goiânia, está sendo executada com recursos do Tesouro Municipal a um valor de R$ 2,1 milhões.

A empresa MVA Construtora Eireli-EPP, vencedora da licitação, deverá entregar a obra em agosto. A área construída do Cais terá acréscimo de quase 600 m2, passando dos atuais 1.700 m² para 2.280 m². Serão construídos uma sala de urgência, enfermaria pediátrica, banheiros nas salas de observação e sala de repouso para funcionários. Além disso, a recepção será ampliada. 

Fiscalização

Nesta segunda-feira (29), a prefeitura fiscalizou algumas obras, entre elas a ponte do bairro Goiá, a passarela do Parque Taquaral, a continuação da Avenida Leste Oeste e a travessia que liga o setor Carolina Park com o setor das Nações. De acordo com o vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (MDB), a ideia é atender bairros importantes, como o Parque Industrial João Braz, Solange Park, Residencial Goiânia Viva e setores adjacentes.

Porém, uma das ações tão esperadas pela comunidade local é a construção de uma nova ponte sobre o Córrego Taquaral, na Avenida Padre Monte, Bairro Goiá. A nova ponte será feita em substituição à estrutura que foi danificada, durante um forte temporal que caiu na noite do dia 21 de janeiro. Serão feitos também a terraplenagem, pavimentação, galerias de águas pluviais, estrutura de lançamento e calçadas.

Outra obra que também começou a ser realizada é a nova passarela dentro do Parque Taquaral. Há meses esta passagem que fica sobre o córrego Taquaral foi levada pelas águas da chuva. No entanto, no dia 22 do mês passado, a Seinfra começou as obras de encabeçamento da nova passarela. A previsão é que no dia 17, a obra seja finalizada.

Parte das obras municipais deverá ser concluída em 2021

A promessa de entregar todas as obras municipais neste ano, iniciadas durante o mandado do prefeito Íris Rezende não deverá ser cumprida pela administração municipal. Embora mantenham a promessa de finalizar as obras, não as deixando paralisadas, as conclusões de pelo menos quatro serviços só serão entregues no ano que vem.

Estão nesta situação o trecho 1 do BRT Norte-Sul, que compreende a construção do corredor de transporte coletivo nos terminais Isidória e Cruzeiro do Sul, a abra começou nesta semana e está prevista para ser finalizada em julho do ano que vem. As obras dos trechos da Marginal Cascavel nos setores Jardim América e Rodoviário, e os projetos de corredores presenciais das Avenidas 85, T-63, Independência e 24 de Outubro, devem começar somente no ano que vem. 

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), o trecho da Marginal Cascavel no Jardim América, entre as Avenidas T-9 e C-12, foi iniciada em maio. O secretário da Seinfra, Dolzonan da Costa Mattos, disse que as obras só devem ser concluídas em fevereiro. O termino da obra no trecho da Avenida dos Alpes também está previsto para fevereiro de 2021.

Outro trecho da Marginal, entre as Avenidas Castelo Branco e Leste-Oeste, iniciada na gestão do ex-prefeito Paulo Garcia (PT), paralisada na gestão passada, foi retomada em maio. A obra está prevista para ser concluída em janeiro de 2021. Porém, em relação aos corredores de ônibus, a obra do BRT Norte-Sul no trecho entre os terminais Isidória e Cruzeiro não estava na lista de construções prometidas para este ano. A promessa era entregar o trecho do terminal Recanto do Bosque até o Isidória.

Construções em atraso

Desde março mais cinco obras tiveram o prazo de entrega ampliado. No entanto, permanecem com a previsão de entrega ainda este ano. Uma delas é a revitalização da Praça do Cruzeiro, no Setor Sul, que é responsabilidade da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh). A previsão para conclusão da obra era no final de maio, mas foi remarcada para o dia 26 de julho.

A Secretaria ainda visa finalizar os dois sentidos do prolongamento da Marginal Botafogo, entre as Avenidas Jamel Cecílio e 2º Radial neste ano. A via no sentido Norte-Sul, que está em andamento, deve ser entregue entre setembro e outubro. A obra de prolongamento no sentido Sul-Norte ainda está sendo licitada, com a abertura das propostas previstas para este mês. Já a ponte da Avenida dos Alpes, de responsabilidade da Seinfra, estava com previsão de entrega em para fevereiro e depois abril, mas deverá ficar pronta em setembro.

Segundo a Seinfra, os adiamentos ao contrato relativo à prorrogação no prazo de entrega se devem a alguns fatores. “As fortes chuvas no início do ano dificultaram a execuçãodos escoradores, devido ao tamanho, foi necessária a alteração do projeto para moldagem das vigas no próprio local. Houve também problemas no processo de desocupação de posseiros estabelecidos no local onde será executada a alça de ligação da ponte”, disse. Em setembro também deve ser entregue a Praça do Trabalhador, com as obras iniciadas em junho 2019. (Pedro Moura é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

  

 

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