RedeMob propõe fechamento de terminais na Região Metropolitana de Goiânia

“São espaços criados para aglomerar pessoas”, defende Redemob, que alega que o escalonamento de horários determinados pela Prefeitura de Goiânia não foi suficiente para conter a disseminação da Covid-19 - Foto: Reprodução

Postado em: 07-07-2020 às 12h40
Por: Redação
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“São espaços criados para aglomerar pessoas”, defende Redemob, que alega que o escalonamento de horários determinados pela Prefeitura de Goiânia não foi suficiente para conter a disseminação da Covid-19 - Foto: Reprodução

Marcella Vitória

A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RedeMob)
propõe a interdição de terminais de Goiânia para conter a aglomeração de
pessoas e evitar a propagação da Covid-19. A rede alega que a redução
da demanda de passageiros e nos horários de pico em mais de 70% na RMTC não
foram significativos.

“Mesmo com o investimento das empresas consorciadas ao
RedeMob Consórcio na higienização dos terminais, dos ônibus e nas ações
preventivas junto de seus funcionários, é absolutamente natural que esses
equipamentos que foram implantados com a função de fazer a concentração de
pessoas vindas dos mais diversos bairros com destino as mais diversas direções,
contribuam negativamente para o isolamento social”, relata.

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Para a empresa, o escalonamento de horários determinados
pela Prefeitura de Goiânia também não foi suficiente surtiu o efeito necessário
pelas autoridades. ” Nos horários de pico, especialmente nos terminais de
integração que são os locais de conexão das linhas que compõem a RMTC, ainda
permanecem com aglomeração de pessoas”.

Deste modo, o RedeMob Consórcio sugere que os terminais
sejam interditados temporariamente. A medida precisa ser discutida com as
autoridades públicas e especialistas a fim de ser autorizada pela CMTC,
responsável pela gestão do transporte público coletivo, para que seja
implantada de acordo com a sugestão do projeto.

“Nós temos visto um lockdown de 14 dias no Estado de Goiás,
mas os terminais de ônibus continuam funcionando com elevada concentração de
pessoas. Acreditamos que se faz necessário interditar temporariamente e
imediatamente os terminais de ônibus da grande Goiânia, uma medida essencial
para combater o coronavírus. Nada se compara à saúde pública e a vida das
pessoas em um momento tão conturbado de pandemia”, avalia Leomar Avelino,
diretor executivo do RedeMob Consórcio.

Leomar diz ainda que “Tanto nos aeroportos e estações
metroferroviárias, quanto nos terminais de ônibus, sempre existirá aglomerações
de pessoas. Por quê? A resposta é muito simples: os terminais, estações e
aeroportos foram criados e implantados com a finalidade de aglomerar as pessoas
e permitirem seus transbordos rumo aos diversos destinos nas cidades”.

Modelo de transporte

As linhas maiores chamadas de eixo (tronco) operam nos
principais corredores com maior demanda de passageiros, a qual advém das linhas
menores denominadas alimentadoras. A maior demanda das linhas de eixo tem como
origem ou destino os terminais de integração, a exemplo do que ocorre com o
Eixo Anhanguera.

A Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), na
grande Goiânia, possui 286 linhas de ônibus. Destas, 178 linhas, ou seja, 62%
são linhas que fazem algum tipo de alimentação e integram nos terminais,
promovendo o embarque e desembarque, diariamente, de cerca de 163 mil pessoas
em tempos de pandemia do coronavírus. Em tempos normais, esse número pode
chegar a mais de 460 mil pessoas.

Leomar Avelino explica que os terminais estão defasados.
“Quase todos os 21 terminais da grande Goiânia, em especial aqueles situados no
Eixo Anhanguera, sem reforma há 23 anos, encontram-se saturados e inadequados
para operação de transportes, e as aglomerações acontecem com muita facilidade,
bastando três ônibus chegarem e desembarcarem os passageiros ao mesmo tempo para
reunir até 100 pessoas, sendo que nos pequenos e estreitos espaço das
plataformas de embarque e desembarque nos terminais se transforme em uma grande
aglomeração de gente”.

Proposta

A ação a curto prazo propõe interditar temporariamente os
terminais de integração da RMTC. A operação do serviço pretende criar linhas
diretas dos bairros mais populosos (origem), para os locais com maior demanda
(destino), o que encurtará o tempo de viagem do usuário, eliminando o
transbordo nos terminais.

Também é proposto a concentração da oferta de viagens nas
linhas de eixo com maior demanda, o que vai diminuir o tempo de espera nos
pontos e a quantidade de pessoas dentro dos ônibus.

Além disso, a proposta pretende transferir parte da
oferta de viagens das linhas alimentadoras de bairros menos populosos para as
linhas de Eixo. O usuário terá que programar suas viagens pelo aplicativo
SimRmtc, para que fique menos tempo esperando no ponto de embarque.

Caso necessário, algumas alterações serão realizadas,
mediante aglutinação, alteração, exclusão e/ou criação de novas linhas. O
período da interdição será enquanto durar as ações governamentais de
intervenção social e combate ao Coronavírus. O período para implantação é de 11
a 23 de julho de 2020.

 

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