PF investiga fraudes em licitações; mandados em Goiás e outros quatro Estados estão sendo cumpridos

Empresários e servidores públicos são suspeitos de fraudar licitações e desviar recursos para contratação de veículos. Ações estão sendo realizadas em Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal - Foto: Diuvlgação/PFGO

Postado em: 21-07-2020 às 10h40
Por: Redação
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Empresários e servidores públicos são suspeitos de fraudar licitações e desviar recursos para contratação de veículos. Ações estão sendo realizadas em Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal - Foto: Diuvlgação/PFGO

Marcella Vitória

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21), a Operação Carta Marcada, que tem como intuito desarticular complexo esquema criminoso montado por agentes políticos, funcionários públicos e empresários. A suspeita é de um esquema para direcionamento de licitações e desvio de recursos federais através de contratos de locação de veículos, firmados por diversas secretarias municipais de Palmas/TO. 

A Operação é realizada em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU). Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de 130 Policiais Federais cumprem 35 mandados judicias, sendo 8 de prisão temporária e 27 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas expedidas pela 4ª Vara Federal do Tocantins. 

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As ações estão sendo realizadas nos estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. Empresários e servidores públicos são apurados pelo inquérito policial, por fraudar licitações e desviar recursos para contratação de veículos que atedem a prefeitura de Palmas. 

As autoridades também apuram a prática de outros delitos pela organização, como crimes que visam a obtenção de vantagens ilícitas. Composta por três núcleos distintos, a organização criminosa é suspeita de ter se apropriado de mais de R$ 15 milhões através dos contratos investigados. 

O Ministério relata também que durante as investigações, policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União revelaram diversos elementos que apontam para a montagem de procedimentos para direcionar contratos superfaturados. Foram identificadas transações financeiras suspeitas e inconsistências quanto a capacidade operacional para cumprimento dos contratos. 

A Polícia Federal busca obter novas provas com as ações desta terça, além de coibir a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, e identificar e recuperar ativos frutos dos desvios. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.  

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