Servidores e despachantes suspeitos de fraudes terão bens bloqueados em Anápolis

Juíza concluiu que contra os acusados pesa a participação em organização criminosa, causando prejuízos que ultrapassam R$ 1 milhão – Foto: Reprodução.

Postado em: 28-07-2020 às 15h15
Por: Nielton Soares
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Juíza concluiu que contra os acusados pesa a participação em organização criminosa, causando prejuízos que ultrapassam R$ 1 milhão – Foto: Reprodução.

Nielton Soares 

A juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Capitais da comarca de Goiânia, determinou o sequestro de bens de vinte pessoas investigadas na Operação Intraneus. Contra eles pesa a acusação de integrarem uma organização criminosa. 

Segundo as investigações, eles fraudavam a realização de vistorias veiculares simuladas ou inexistentes referentes a veículos furtados ou roubados e de outros delitos. Após, eram inseridos indevidamente no sistema do Detran. Para isso, a organização recebia valores em dinheiro e outras vantagens ilícitas.

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Na decisão, os envolvidos estão proibidos de exercer a função pública, nesse caso a atividade de despachante e correlata. 

A juíza aponta que as fraudes aconteceram devido participação de servidores das unidades do Ciretran de Anápolis, Mundo Novo, São Miguel do Araguaia, Petrolina, despachantes e empresários. 

Placidina destacou ainda que a suposta organização criminosa gerou um prejuízo superior a um milhão de reais. Ao serem registrados inúmeras transferências ilegais de propriedade de veículos, com alteração de endereços, substituição de motores, autorizações para confecção de placas, mudanças de unidade da Federação, baixas de gravame, clonagem de veículos e legalização de veículos roubados e furtados.

Na denúncia, Hitallo Vinicíus é apontado como o despachante que mantinha contato direto com uma empresária para tratar de assuntos referentes às vistorias simuladas ou fraudadas nos Ciretrans de Mundo Novo e São Miguel do Araguaia. 

Depois de serem realizadas as falsas vistorias passava-se para a fase das transferências de propriedade de veículos, alterações de endereços, números de chassis, motores e outras alterações irregulares, tendo a participação dos servidores do Ciretran de Anápolis, conforme consta nos autos do processo.  

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