Por mais provas, PC-GO divulga imagem dos suspeitos de matar o menino Danilo

Hian Alves de Oliveira confessou que levou a criança para a mata, onde já estava o padrasto Reginaldo Lima Santos, “com um pau” – Foto: Divulgação/PC-GO.

Postado em: 31-07-2020 às 17h32
Por: Nielton Soares
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Hian Alves de Oliveira confessou que levou a criança para a mata, onde já estava o padrasto Reginaldo Lima Santos, “com um pau” – Foto: Divulgação/PC-GO.

Nielton Soares

Os suspeitos de assassinar e ocultar o corpo do menino Danilo de Souza, de 7 anos, tiveram as imagens divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), na tarde desta sexta-feira (31). Eles eram colega e padrasto da criança. 

Os dois acusados foram identificados pela PC-GO como Hian Alves de Oliveira e Reginaldo Lima Santos. Esse último era o companheiro da mãe de Danilo e esteve no sepultamento do enteado demonstrando muita emoção. 

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Santos, ao chegar na sede da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), em Goiânia, falou com jornalistas que é inocente e está sendo parte de uma “grande armação”. 

Já Hian Alves de Oliveira, em depoimento, confessou ter participado do crime. O autor contou que estava trabalhando em uma obra, pouco antes do assassinato. “Ajudei a levar o menino. Segurei no braço dele. E, ele [padrasto] machucou o menino. Parece que ele já estava com um pau na mão, porque quando cheguei lá, ele já ‘tava’”, revelou. Ele acrescentou que deixou a vítima e o padrasto na mata e retornou ao trabalho. 

Segundo o autor confesso, o padrasto do menino lhe chamou para participar do suposto “castigo” lhe oferecendo a moto e o carro para ele “trabalhar de reciclagem”. 

Desaparecimento

Danilo desapareceu no último dia 21, no Parque Santa Rita, na Capital. Naquele dia, já no começo da noite, segundo a mãe, o filho disse que ia para a casa da avó, que mora cerca de 50 metros, na mesma quadra, ao fundo. Como não retornou para dormir, ela pensou que ele tinha decidido dormir por lá. No outro dia, ela teria sido informada que o filho nem tinha ido à casa da avó.

Apenas no dia posterior, que ela é o padrasto foram registrar boletim de ocorrência, e foram autuados por abandona de incapaz. Na sequência, equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) iniciaram buscas na região, com cães farejadores e drones, mas sem sucesso. 

Por vários dias, de acordo com o tenente-coronel do CBM-GO, Fernando Caramaschi, as informações repassadas pela família eram desencontradas, o que dificultaram as buscas, que chegaram a ser interrompidas. Com o retorno das buscas na região, o corpo foi encontrado, na segunda-feira (27), a cerca de 100 metros da casa, em um lamaçal.

O cadáver precisou passar por perícia e apenas no dia seguinte, quando o IML emitiu o laudo, que houve a confirmação que o corpo era de Danilo, tendo como causa da morte: asfixia na lama. 

O corpo do menino foi sepultamento na quarta-feira (29), no Cemitério Municipal Vale da Paz, na Capital. Devido à pandemia do novo Coronavírus, foi realizado um velório de menos de duas horas para a família e amigos se despedirem da criança.  

 

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