Caso Danilo: polícia apreende pedaço de madeira usado no crime

Hian Alves, suspeito de participação no assassinato, indicou a Polícia Civil o local em que a arma estava escondida. A mesma foi localizada sob tábuas na obra de uma igreja, onde o suspeito trabalhava - Foto: Reprodução

Postado em: 03-08-2020 às 12h00
Por: Redação
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Hian Alves, suspeito de participação no assassinato, indicou a Polícia Civil o local em que a arma estava escondida. A mesma foi localizada sob tábuas na obra de uma igreja, onde o suspeito trabalhava - Foto: Reprodução

Marcella Vitória

O suspeito Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, indicou e levou a Polícia Civil até o local onde estava escondido o pedaço de madeira utilizado para matar o garoto Danilo de Sousa Silva, de 7 anos. A arma utilizada no crime estava em uma construção em que ele trabalhava, no Parque Santa Rita.

De acordo com a PC, o objeto estava escondido sob tábuas na obra de uma igreja aos fundos da casa do pastor Fabiano Silva, que havia acolhido Hian há alguns meses para ajudá-lo. 

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Um vídeo divulgado pelos agentes mostram o momento em que, conduzido por agentes da Delegacia Estadual de Homicídios (DIH), Hian, vestido de uniforme de detento da Delegacia de Capturas, atravessa a construção e indica onde estava a arma.

Perícia

A perícia feita no corpo do garoto e no local do crime indicaram que o pedaço de madeira foi usado na agressão, antes que Danilo morresse. Com a localização dessa arma, peritos da Polícia Técnico-Científica continuarão o trabalho de análise.

A reconstituição do crime, prevista pela Polícia Civil para ajudar a esclarecer os últimos detalhes do caso, está marcada para as 18h de terça-feira (4). 

Prisão

O jovem foi preso, na última sexta-feira (31), junto com Reginaldo Lima Santos, de 33 anos, padrasto e também suspeito de matar a criança. Ambos estão detidos na carceragem da Delegacia de Capturas. 

Hian confessou a participação no crime, já Reginaldo continua negando qualquer envolvimento no caso. Eles são suspeitos de homicídio e ocultação de cadáver.

O crime

A investigação revela que Danilo foi levado pelo padrasto e o colega para uma mata a 100 metros da casa onde morava. O padrasto teria agredido o enteado com pauladas e pisado na cabeça dele para evitar gritos de socorro durante a agressão. 

No último dia 21 de julho a família denunciou o desaparecimento de Danilo. O corpo dele foi encontrado seis dias após a morte, no mesmo local de mata. A participação de Hian Alves foi auxiliar Reginaldo durante a ação, em troca de uma moto e um carro. Ele detalhou o crime à polícia. 

Motivação

Segundo a Polícia Civil, o padrasto responde na Justiça por uma tentativa de matar a esposa, mãe de Danilo, a facadas. O delegado Rilmo Braga explicou que Reginaldo estava insatisfeito com a convivência com o menino e tinha aversão aos enteados. A família era composta por seis crianças, três delas eram fruto da relação de Reginaldo com a mãe de Danilo. 

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