PC-GO ouve novamente pastor que acolheu preso confesso na morte de Danilo

Segundo a polícia, o menino foi perfurado com um pedaço de madeira e depois afogado na lama; suspeito entregou suposto objeto do crime, que estava na casa do pastor – Foto: Reprodução.

Postado em: 05-08-2020 às 18h37
Por: Nielton Soares
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Segundo a polícia, o menino foi perfurado com um pedaço de madeira e depois afogado na lama; suspeito entregou suposto objeto do crime, que estava na casa do pastor – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) ouviu, nesta quarta-feira (5), novamente o pastor Fabiano Silva, que havia dado moradia para Hian Alves de Oliveira, de 18 anos – preso confesso de participar do assassinato do menino Danilo Sousa, de 7 anos.

Segundo a polícia, o novo depoimento teve o intuito de sanar algumas dúvidas acerca da investigação e declarações dadas por Hian, que segue preso, assim como o padrasto da criança, que nega envolvimento no crime.

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O titular da Delegacia de Investigações de Homicídio (DIH), delegado Rilmo Braga, afirmou que esse novo depoimento foi importante para fornecer novas pistas, antes a reconstituição do crime, marcada para a tarde de quinta-feira (6).

a semana passada, Hian levou os policiais até a construção onde estava escondido dois pedaços de madeira com pontas afiadas. Segundo o suspeito, as pontas nos pedaços de madeiras foram feitas com um machado, que teria sido guardado na casa do pastor. Ele afirmou que os objetos foram utilizados para matar Danilo, no Parque Santa Rita, em Goiânia.

Nesta quarta, a polícia, por nota, informou que das cinco linhas de investigação, duas já foram descartadas. “Até a conclusão do inquérito policial, não há como formar nenhum juízo de certeza quanto à participação ou não dos envolvidos. Isso só será possível de afirmar após a reprodução simulada dos fatos, diligência imprescindível à investigação, bem como análise das demais provas”, informou a nota.

Desaparecimento e assassinato 

O menino Danilo desapareceu no dia 21 de julho. Segundo a família, a criança costumava brincar na porta de casa. E, naquele dia tinha aviado à mãe que iria à casa da avó, sem ter chegado ao local. Por quase uma semana, o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) realizou buscas na região, encontrando o corpo do menino apenas no dia 28, em uma área de brejo dentro da mata a cerca de 100 metros da casa dele.

Dias depois, a polícia chegou aos dois suspeitos, Hian e Reginaldo Lima Santos, de 33 anos. O primeiro confessou participação no assassinato, dizendo que levou a criança pelo braço até ao padrasto que estava na mata e presenciou quando ele pisou na cabeça do menino contra o chão para que evitar os gritos. E, depois enviou o pedaço de madeira, como um espeto nas nádegas de Danilo. Reginaldo nega.

De acordo com os policiais, o homem tinha aversão contra os filhos do primeiro relacionamento da companheira. Segundo a PC-GO, depoimentos de vizinhos e outras pessoas próximas à família relataram episódios em que o padrasto não tinha boa relação com os dois garotos. Após a prisão, se constaram passagens policiais dos dois suspeitos. Uma delas, o padrasto é acusado de tentar matar a mãe de Danilo com uma faca, chegando a ser preso. 


 

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