Pesquisa aponta que ataques virtuais cresceram 333% na pandemia

Especialista avalia que 90% das senhas geradas pelas pessoas no Brasil são suscetíveis a ataques. Um em cada cinco brasileiros já tiveram dados roubados na internet – Foto: Reprodução.

Postado em: 06-08-2020 às 17h10
Por: Nielton Soares
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Especialista avalia que 90% das senhas geradas pelas pessoas no Brasil são suscetíveis a ataques. Um em cada cinco brasileiros já tiveram dados roubados na internet – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Segundo levantamento da Kaspersky – plataforma digital especializada em cibersegurança, durante este período de pandemia, com maior isolamento social, as pessoas ficaram mais vulneráveis a ataques virtuais, que cresceram 333% no país, entre fevereiro e abril.

Para se ter ideia, em relação aos dados de 2017 e 2018, o número de ataques quase que dobrou, chegando a 95,9%, de acordo com o relatório brasileiro da Psafe – líder nacional em solução para segurança digital, que aponta ainda que um em cada cinco brasileiros já tiveram dados roubados na internet.

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O diretor da Master House Treinamento e Consultoria, empresa que integra o hub de tecnologia e inovação Instituto Gyntec Academy, Hugo Nogueira, afirma que mais de 90% das senhas geradas pelas pessoas no Brasil para acesso a dados são suscetíveis a ataques.

Segundo o especialista, a maioria dos brasileiros não têm a consciência acerca da importância de se ter boas práticas em seguranças de dados. Além de, no país, haver carência de profissionais como Data Protection Officer, ou Encarregado de Proteção de Dados, em bom português.

“Hoje existem métodos sofisticados e algoritmos para quebrar senhas. Os criminosos também utilizam ataques de engenharia social, persuadindo ou abusando da confiança dos usuários. Isso traz sérios riscos para a segurança e a privacidade das informações sejam elas pessoais ou corporativas, por isso é extremamente necessário mudança de hábitos através de programas de capacitação e conscientização sobre estes desafios de um mundo cada vez mais digital”, pontou.

Além das pessoas, as empresas também estão muito vulneráveis aos ataques. A pesquisa da empresa global em segurança virtual apontou, neste ano, que cerca de 40% das empresas brasileiras não têm políticas de cibersegurança estabelecidas ou não informaram aos colaboradores da existência.

“A falta de investimentos em segurança da informação nas empresas, pode causar danos de reputação, financeiro ou até mesmo de competitividade pelo vazamento de informações estratégicas e essenciais do negócio”, destaca Hugo Nogueira.

Hugo Nogueira, é especialista em gestão de serviços, governança e transformação digital, vai promover um curso de formação em Data Protection Officer, oferecida pela Master House. Uma nova turma será formada no próximo dia 10 de agosto e as inscrições estão abertas pelo portal da companhia 

Segurança da informação

O Data Protection Officer ou DPO é o profissional responsável por gerir, aconselhar e verificar sobre as práticas de segurança da informação nas empresas e instituições. É também quem averigua se estão sendo cumpridos os preceitos estabelecidos na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e no General Data Protection Regulation (GDPR ou Regulamento Geral de Proteção de Dados), legislação europeia sobre o tema.

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